Suspeito de execução de homem em frente ao Fórum de Praia Grande é solto; VÍDEO
Preso por quatro dias, Fernando Almeida de Lima afirma não ter ligação com o crime
Atualizado em 11/04/22 - 10:22
Um dos homens que foram presos em flagrante sob acusação de participar da execução em frente ao Fórum de Praia Grande na última segunda-feira (4) teve a prisão revogada no último sábado (9). Fernando Almeida de Lima, de 36 anos, afirma que não tem ligação com o crime que terminou com a morte de Kelvin Saldanha Damasceno, de 30 anos.
Solicitada pelo advogado Rafael Fortes Almeida, a liberdade provisória foi concedida após o profissional alegar que o Ministério Público decidiu por não denunciar o caso no dia 7 de abril e, no dia seguinte, não concluir o processo, proporcionando uma “injusta prorrogação da prisão” até a outra semana.
Além disso, a decisão foi baseada na “relevante dúvida” sobre a participação de Fernando no assassinato. Ele foi preso horas após o crime em um posto de gasolina de Guarujá ao ser flagrado junto com outro homem em um carro Jeep Renegade prata – que foi visto em imagens de monitoramento do local da execução. (reveja no vídeo abaixo)
Porém, este não foi o veículo de onde saiu a dupla que atirou em Kelvin. Os atiradores saíram de um Siena preto. A suspeita da polícia é que o carro prata tenha ajudado na emboscada, pois ele aparece atrás do veículo da vítima.
No entanto, o homem de 29 anos – preso com Fernando – alegou que conduzia o veículo sozinho em Praia Grande, pois foi pegar um documento e retornou para Guarujá, onde mora.
Em depoimento à polícia, Fernando afirmou que pediu uma carona ao motorista do Jeep Renegade por meio de um aplicativo de mensagens já em Guarujá, ao sair da casa de uma amiga. Ele afirmou que sequer sabia o motivo da abordagem policial, pois estava no posto de gasolina para abastecer o veículo.
“As câmeras de monitoramento também não conseguiram concluir, nem de longe, que o requerente (Fernando) estava no carro no momento do crime”, diz o documento do advogado Rafael Fortes. Ainda no pedido de liberdade provisória, o defensor atestou que o acusado tem trabalho lícito e residência fixa.
Desta forma, o advogado alega que a prisão de Fernando foi decretada por “suposições” e influenciada por seus antecedentes criminais de roubo e tráfico de drogas, pelos quais Fernando já cumpriu pena.
De acordo com Rafael, o único processo em andamento contra Fernando é devido a um mandado de busca e apreensão cumprido no ano passado, onde a equipe policial encontrou 30g de maconha na casa do acusado. No entanto, o advogado garante que a droga era para consumo próprio do seu cliente.