Policial civil sofre investida sexual de cozinheiro dentro de ônibus em Santos
A vítima é escrivão e imaginou que a intenção do indivíduo fosse pegar pistola que o agente público trazia na cintura
Atualizado em 11/11/20 - 13:09
Um escrivão de polícia sofreu importunação sexual quando desembarcava de um ônibus na Rodoviária de Santos. Ele trazia na cintura uma pistola e, inicialmente, cogitou a hipótese de o assediador tentar tomar a arma.
Cozinheiro e com 60 anos de idade, o acusado se declarou homossexual e justificou que a sua intenção foi libidinosa, porque ignorava o fato de a vítima ser policial civil e estar armada.
Detido pelo próprio escrivão na manhã do último domingo (8), o cozinheiro não quis informar o nome inicialmente. Conduzido à Central de Polícia Judiciária (CPJ), ele alegou que passou a mão na perna da vítima imaginando que haveria consentimento em seu gesto. O escrivão tem 31 anos e viajou de São Paulo para Santos em um ônibus da empresa Expresso Luxo. Ele ocupou a poltrona ao lado à do acusado.
O policial civil voltava da Capital após ter trabalhado no plantão noturno do 101º DP (Jardim das Imbuias), na Zona Sul. Ele disse que sentiu a mão do cozinheiro esbarrar em sua perna, próximo ao pênis. Antes de esboçar qualquer reação, a vítima sofreu novo toque do acusado e decidiu detê-lo, pensando que a intenção dele fosse tomar a arma de fogo. Eventuais testemunhas do episódio não foram encaminhadas à CPJ.
O delegado Leonardo José F. Piccirillo ouviu a versão do escrivão e a justificativa do cozinheiro, fazendo-as constar em boletim de ocorrência de “importunação sexual”. Previsto no Artigo 215-A do Código Penal, o crime é punível com reclusão de um a cinco anos. O acusado foi liberado porque o suposto delito não ficou suficientemente demonstrado apenas com o relato do policial civil, conforme o delegado.
