Policial civil morre após troca de tiros com PMs em frente a delegacia no litoral de SP

Caso aconteceu na madrugada desta segunda-feira (28)

Por: ATribuna.com.br  -  28/02/22  -  17:39
Atualizado em 28/02/22 - 19:36
Caso foi registrado na Delegacia Sede de Guarujá
Caso foi registrado na Delegacia Sede de Guarujá   Foto: Alexsander Ferraz/ AT

Um policial civil morreu em uma troca de tiros com polícias militares em frente à Delegacia Sede de Guarujá, localizada na Avenida Puglisi, no Centro. O caso aconteceu na madrugada desta segunda-feira (28). Ao menos um PM foi atingido no ombro e encaminhado ao Hospital Casa de Saúde – não há informações sobre o estado dele.


A confusão, segundo apurado pela Reportagem, teve início após a apresentação de um homem ao DP Sede. Ele teria desobedecido e resistido a abordagem da PM. O rapaz conduzido ao distrito é amigo do filho do policial civil morto no conflito, que teria se deslocado à delegacia para questionar a ação.


As versões sobre o ocorrido são contraditórias. Enquanto os agentes ligados à PM informam que o policial civil chegou atirando, o filho do agente morto, em depoimento, disse que os policiais militares foram “pra cima” do pai. Ele ainda revelou não ter conseguido acompanhar a ação, mas ouviu seis disparos e viu o corpo no chão.


Desobediência e resistência

Um policial militar relatou à A Tribuna que equipes estavam em patrulhamento pelo município quando foram informadas sobre um homem que estaria armado próximo à Praça Prefeito Abílio dos Santos Branco, no bairro Cidade Atlântica.


Assim que chegaram ao local, os PMs disseram que o indivíduo teria feito gestos obscenos em direção a viatura. Ao ser abordado, ele teria resistido a ação policial e foi imobilizado.


Ameaça de morte

O filho do policial civil morto, porém, apresentou uma versão diferente. Em depoimento, ele contou que estava em um restaurante, acompanhado do amigo – que veio a ser imobilizado -, quando policiais militares passaram pelo local e começaram a apontar para o rapaz.


Diante da situação, os jovens se dirigiram aos carros, mas o homem acusado de desobediência foi colocado em uma viatura policial. Ainda de acordo com o filho do policial civil, este revelou ter sido ameaçado de morte.


No boletim de ocorrência consta que, ao chegar em casa, ele contou sobre a situação ao pai, e ambos foram à delegacia, onde encontraram o outro rapaz em uma viatura.


Ainda segundo o testemunho do filho do policial, os agentes foram "pra cima" de seu pai. Ele não conseguiu ver a ação, mas o jovem informou que escutou seis disparos de arma de fogo e, em seguida, viu o pai caído em frente à delegacia.


Versões diferentes

Diante da apuração, foi constatado pela autoridade policial no boletim de ocorrência que as versões são contraditórias, "não sendo possível nesse momento de cognação sumária verificar com precisão qual relato é o verdadeiro".


Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), as circunstâncias relacionadas aos fatos estão sendo apuradas pela Delegacia de Guarujá, que instaurou inquérito policial (IP).


A autoridade policial analisa imagens, realiza a oitiva de testemunhas e busca por outros elementos que auxiliem no esclarecimento dos fatos. As armas dos policiais envolvidos na ocorrência foram apreendidas e encaminhadas à perícia. A Polícia Militar também instaurou um Inquérito Policial-Militar (IPM).


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