Polícia prende dois em operação contra pornografia infantil em Santos
Dupla armazenava conteúdo de exploração sexual de menores; ação também ocorreu em São Vicente, Guarujá e Praia Grande
Atualizado em 10/12/21 - 17:13
Dois homens, de 40 e 64 anos, foram presos em flagrante, em Santos, na manhã desta sexta-feira (10). Eles armazenavam conteúdos contendo cenas de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. As prisões ocorreram nos bairros Embaré e Vila Matias. Outras três cidades do litoral de São Paulo também contaram com ações da Polícia Civil.
As prisões fazem parte da Operação Debug, que visa combater a pornografia infantil. De acordo com a Polícia Civil, as investigações começaram há quatro meses e, nesta sexta, os agentes foram às ruas - a ação foi realizadanos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Além dos dois presos em Santos, outros cinco suspeitos, de São Vicente, Praia Grande e Guarujá, são investigados.
Armazenagem, compartilhamento e arma
De acordo com a polícia, o aposentado de 64 anos armazenava e compartilhava filmagens de sexo explicito com crianças.
"No computador dele, foram encontrados arquivos que permitem a troca desse conteúdo pela internet. Esses vídeos eram armazenados por ele, que fez o download. Aparentemente ele não produziu (o material), até pelos caracteres, muitos em inglês", explica o delegado Leonardo Amorim Nunes Rivau, da 1ª Delegacia de Investigações Gerais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de Santos.
Na casa do aposentado, além do conteúdo pornográfico, também foi localizado um revólver com numeração raspada. Todo o material foi apreendido.
Roupas encontradas
Ao prenderem o homem de 40 anos, os policiais localizaram várias roupas suspeitas de serem infantis. No computador do indiciado haviam quatro discos rígidos (HDs) com material ligado à pornografia infantil.
Segundo a Polícia Civil, ainda não foi possível concluir se o homem de 40 anos também compartilhava o conteúdo com outras pessoas.
"Foram encontradas várias roupas que há suspeita de serem infantis. Apesar do biotipo físico do indivíduo preso ser compatível com aquelas roupas, algumas eram menores e, possivelmente, não pertenciam a ele", ressalta o delegado.
Os crimes estão previstos nos artigos 241-A e 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), prevendo prisão de 1 a 6 anos e multa. Caso haja apenas o armazenamento dos arquivos, sem disponibilização na rede, é cabível fiança.