Polícia apreende 35,5 toneladas de peixes em fábrica clandestina em Mongaguá
Mandado de busca e apreensão foi expedido na quarta-feira (23) e gerente do local foi presa
Atualizado em 24/10/19 - 20:54
Uma fábrica clandestina de industrialização de pescados foi descoberta por policiais da Delegacia de Mongaguá. Eles apreenderam no local cerca de 35,5 toneladas de peixes, sendo a maioria sardinha. A gerente da empresa foi presa e recolhida à cadeia.
A partir de informações sobre a atividade ilegal de uma fábrica na Rua São Lourenço, 488, na Chácara Itaguaí, o delegado Luiz Antônio Pereira requereu à Justiça autorização para vistoriá-la e recolher tudo o que houvesse de irregular.
A equipe do investigador Alexandre dos Santos cumpriu o mandado de busca e apreensão na quarta-feira (23). As 35,5 toneladas de pescados estavam em 21 tanques. O produto se encontrava imerso em uma substância líquida misturada a sal.
“A sardinha apresentava forte odor e aspecto de não estar apta para o consumo”, detalha Alexandre. Além do pescado, também foram apreendidos 171 sacos de sal, totalizando 4.275 quilos, e aproximadamente 2,5 toneladas de peixe acondicionadas em 469 potes de diversos tamanhos.
Outros órgãos
Os policiais civis acionaram o Instituto de Criminalística para periciar a fábrica ilegal, cujas instalações são “precárias”, sem ventilação e com telhado baixo de amianto, conforme descreveram.
Para a adoção das providências administrativas cabíveis, como imposição de multas, lacração da fábrica e descarte dos pescados, uma representante da Vigilância Sanitária municipal e um auditor fiscal federal agropecuário também compareceram ao local, a pedido da Polícia Civil.
O auditor agropecuário determinou o descarte do produto, por estar impróprio ao consumo. A Prefeitura de Mongaguá forneceu caminhão e funcionários para levar o pescado até um aterro sanitário em São Paulo.
Flagrante
Por exercer posição de comando sobre os empregados da fábrica que ali trabalhavam no momento da operação policial e ter ciência das irregularidades do local, a gerente Andreia Gonzaga de Lucena, de 42 anos, foi autuada em flagrante pelo delegado.
Luiz Pereira enquadrou a acusada por crime contra as relações de consumo, que é punível com detenção de dois a cinco anos. O dono da fábrica não foi encontrado e se livrou da prisão em flagrante, mas também deverá responderá pelo delito.