Operação da Polícia Federal contra narcotráfico internacional tem buscas em Praia Grande

Ao todo, 80 agentes participaram da Operação Corona, nos Estado de SP, MS, PE e AM

Por: ATribuna.com.br  -  15/06/22  -  19:43
Atualizado em 15/06/22 - 20:10
Operação da Polícia Federal contra tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro
Operação da Polícia Federal contra tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro   Foto: Divulgação

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (15) a Operação Corona, com objetivo de combater organizações criminosas dedicadas à lavagem de dinheiro do narcotráfico internacional. Na Baixada, agentes cumpriram mandados em Praia Grande.


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Ao todo, segundo a PF, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e nove mandados de prisão preventiva, expedidos pela Justiça Federal em Pernambuco.


Em Praia Grande, policiais federais foram em dois endereços. Segundo apurado por A Tribuna, os policiais compareceram à na Rua Visconde de Ouro Preto, no bairro Jardim Solemar, e à Rua dos Gerânios, no Balneário Flórida.


A operação também ocorreu em Paulínia, Ribeirão Preto, Serrana, Guatapará, Itaquecetuba e Poá, em São Paulo; Campo Grande (MS), Recife (PE), além de Manaus e Coari, no Amazonas.


No total, 80 policiais federais foram mobilizados para atuar nos Estados de Pernambuco (RMR), São Paulo (regiões de Santos, Capital, Campinas e Ribeirão Preto), Mato Grosso do Sul (capital) e Amazonas (interior).


Corona

A investigação foi iniciada em 22 de abril de 2020, após a apreensão de cerca de 650 kg de cocaína no Aeródromo da Coroa do Avião em Igarassu, cidade localizada na Região Metropolitana de Recife (RMR).


A apreensão resultou de um esforço operacional da PF com o apoio da Polícia Militar de Pernambuco. Na ocasião, piloto, copiloto e outros criminosos engajados no descarregamento da droga da aeronave foram presos em flagrante por tráfico de drogas. O plano do grupo criminoso visava ocultar a cocaína numa exportação de sucata destinada à Europa pelo Porto de Suape.


Após o flagrante, a PF aprofundou a investigação, a fim de identificar outros responsáveis pela operação ilícita, assim como descobrir o esquema criado para financiar esse plano.


Assim, foi revelada uma grande estrutura criminosa de empresas de fachada criadas com a finalidade de movimentar dinheiro para o crime organizado transnacional. As empresas estão espalhadas pelo país, mas se concentram, especialmente, no Estado de São Paulo.


Só nos primeiros quatro meses de 2020, no período em que o grupo preso na RMR arquitetava a exportação de cocaína frustrada pela PF, essas empresas movimentaram juntas mais de R$ 116 milhões.


Os crimes investigados são de tráfico internacional de drogas, financiamento do narcotráfico, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro. As penas podem chegar, isoladamente, a mais de 20 anos de reclusão.


A expressão Corona é um termo espanhol, que significa Coroa em português, uma referência, portanto, ao local onde foi apreendida à droga no início de 2020.


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