Operação conjunta investiga crimes de lavagem de dinheiro em Praia Grande e Guarujá

Ação cumpre mandado de busca e apreensão em outras 17 cidades do Estado de SP

Por: ATribuna.com.br  -  22/06/22  -  11:50
Operação Noteiro foi deflagrada em conjunto com o Gaeco e policias Civil e Militar
Operação Noteiro foi deflagrada em conjunto com o Gaeco e policias Civil e Militar   Foto: Reprodução

Auditores fiscais da Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) participaram, nesta quarta-feira (22),da Operação "Noteiro", que tem como objetivo o desmantelamento de uma quadrilha com lavagem de dinheiro decorrente da exploração de jogos de azar por todo o País. Das 19 cidades que são investigadas, duas são da Baixada Santista: Guarujá e Praia Grande.


Clique, assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe centenas de benefícios!


Ao todo, são investigadas 33 pessoas, além de diversas pessoas jurídicas. A ação foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado de São Paulo, em atuação cooperada com a Sefaz-SP, Polícia Civil e Polícia Militar.


São cumpridos 76 mandados de busca e apreensão em Barueri, Francisco Morato, Santana de Parnaíba, São Paulo, Campinas, Itatiba, Itupeva, Itaquaquecetuba, Piracicaba, São Pedro, Ribeirão Preto, Guarujá, Praia Grande, Barretos, Franca, Miguelópolis, Nuporanga, Rifaina e São Joaquim da Barra.


O esquema aproveitava-se da constituição de empresas formais que, ao realizarem negócios entre elas e emitirem documentos fiscais referentes às transações, acobertaram movimentação financeira decorrente da exploração de jogos de azar no valor apurado de R$ 170 milhões, entre janeiro de 2017 e dezembro de 2021. Esse valor foi diluído no tempo e nas empresas criadas - foi absorvido por supostas atividades de venda de noteiros (validadores de cédulas) para estações de acesso à internet, bem como locação de referidas instalações, com posterior branqueamento por empresas de veículos, construtoras e diversas outras.


Os integrantes da organização criminosa estão sendo investigados em dois procedimentos investigatórios criminais do Gaeco e as cautelares deferidas pelos juízos respectivos determinaram, além das buscas, o sequestro de todos os bens dos investigados, dentre contas bancárias, veículos, imóveis e outros ativos com valor econômico.


Participam da operação 24 promotores de Justiça, 33 servidores do Ministério Público, 40 auditores fiscais da Sefaz-SP, oito delegados de Polícia, 95 policiais Civis e 156 policiais Militares.


Logo A Tribuna