Mulher denuncia sequestro de filho recém-nascido, mas hospital nega gravidez em São Vicente
Moradora de Santo André mobilizou equipes policiais, do Corpo de Bombeiros e da rede de saúde na terça-feira (3)
Atualizado em 04/05/22 - 22:00
Uma moradora de Santo André, no ABC Paulista, veio parar em São Vicente na noite desta terça-feira (3), alegando crime de sequestro. A mulher,de 46 anos, afirmava estar grávida e que teve o filho tirado de dentro dela e raptado. Contudo, segundo a Prefeitura vicentina, a paciente não estava grávida.
Segundo a Prefeitura de São Vicente, a suposta gestante disse que o parto foi feito dentro de um carro de aplicativo e a criança havia sido sequestrada. No entanto, segundo a Administração Municipal, um exame laboratorial verificou que a paciente não estava grávida.
A mulher alega ter entrado em um carro de transporte por aplicativo na terça-feira (3), em Santo André, por volta das 11h30, pois estava entrando em trabalho de parto. Segundo o tenente da Polícia Militar Felipe Diniz Martiniano, à TV Tribuna, a polícia foi acionada por volta das 19h de terça para atender a ocorrência.
"Diante das poucas informações, nós realizamos algumas diligências, mas não localizamos nada. Fizemos contato com a família, esperamos eles chegarem (direto de Santo André) e levamos a mulher ao hospital, que era o mais importante", informou o tenente à TV.
Em nota, a Prefeitura de São Vicente informou que a mulher, de 46 anos, deu entrada na Maternidade Municipal nesta terça-feira, às 20h56, acompanhada da Polícia Civil, Guarda Civil Municipal e Corpo de Bombeiros.
A paciente falou para a equipe que havia passado por um parto vaginal, há cerca de 8 horas, no interior de um veículo de aplicativo, após ter sido vítima de um sequestro, e que, após isso, ela teria sido abandonada e o recém-nascido acabou levado pelo sequestrador.
No exame físico, a paciente apresentou bom estado geral. No exame ginecológico, foi detectado um discreto sangramento vaginal, útero pouco aumentado de tamanho e ausência de lacerações em canal vaginal.
A equipe da Maternidade Municipal adotou a conduta de internação para suporte clínico e realização de exames. Porém, ainda segundo a Prefeitura, a paciente recusou a internação e, às 21h30, deixou o local. Às 21h50, ela retornou à Maternidade Municipal e concordou com a internação, passando por nova avaliação.
Em exame laboratorial realizado na segunda internação em terras vicentinas, foi verificado que a paciente não estava grávida. Até que, às 4h23 desta quarta-feira (4), a mulher deixou o local novamente, sem estar de alta médica, acompanhada de familiar, conforme relatório de enfermagem.
