Menino de seis anos é baleado enquanto manuseava arma de tio em Cubatão

Criança precisou ser socorrida e passar por cirurgia na perna direita após disparo

Por: Eduardo Velozo Fuccia & Da Redação &  -  04/01/20  -  17:52
  Foto: Irandy Ribas/AT

Um menino de 6 anos foi baleado na perna direita ao supostamente manusear a arma do tio, às 20h20 de sexta-feira, em Cubatão.
O disparo acidental ocorreu no imóvel onde o garoto e o tio moram, no Caminho Santa Bárbara, na Vila Esperança. O homem fugiu.
Apontado como o dono da arma, José Pereira de Souza, de 50 anos, não se encontraria no local no momento do tiro.


Tia da criança, Vanda Helena Vieira de Souza, de 42 anos, contou que estava deitada em seu quarto quando escutou o disparo.
O barulho veio do terceiro piso do imóvel. Logo em seguida, o menino desceu deste pavimento para o segundo, onde estava a tia.
Ao ver o sobrinho ferido, a mulher pediu auxílio para um vizinho e ambos o levaram ao Pronto-Socorro Infantil de Cubatão.



Cirurgia
A equipe do pronto-socorro avisou a Polícia Militar sobre a chegada da criança baleada. Dois soldados foram ao local para checar. Os PMs ouviram inicialmente a mulher. Depois, eles conversaram com o próprio menino, que confirmou a versão da tia.


De acordo com o garoto, ele pegou a arma no quarto do tio e puxou uma vez o gatilho, ferindo-se acidentalmente. A bala ficou alojada na perna. O menino será operado e permanecerá internado. O seu estado é “estável”, segundo uma médica.



Fugiu com arma
José estaria trabalhando na área portuária no momento do disparo, conforme Vanda declarou aos policiais militares. Os PMs se dirigiram à casa de José para melhor apurar as circunstâncias do disparo e não encontraram a arma.


Uma outra parente estava na moradia e contou que o tio da vítima chegou no local cerca de meia hora antes dos policiais. José recolheu a arma e foi embora em seguida, sem informar o destino. Segundo os PMs, não havia sangue ou vestígios de tiro na casa.


O tipo da arma (revólver ou pistola) e o seu calibre são ignorados. Consequentemente, a sua procedência também é desconhecida.


O delegado Pedro Augusto Losada Correia, da Delegacia de Cubatão, registrou o caso com base nos dados apurados pelos PMs. Em razão das informações preliminares, Losada considerou que houve lesão corporal culposa (decorrente de negligência do tio).


Outro crime atribuído a José é o de omissão de cautela na guarda de arma de fogo, previsto no Estatuto do Desarmamento. O caso, no entanto, ainda está sob investigação, podendo ser alterados esses crimes e/ou vislumbrados outros eventuais delitos.


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