Membro de quadrilha de estelionatários é preso em Santos
Bandidos aplicam golpes do cartão, especialmente em idosos
A Polícia Civil de Santos prendeu, em flagrante, Rodrigo Tenório dos Santos, por furto qualificado. O criminoso é parte de uma quadrilha de golpistas que age especialmente contra idosos, se passando por funcionário de bancos.
Segundo a investigação, o crime começa quando a vítima recebe um telefonema dizendo ser da agência bancária. Do outro lado da linha, o bandido diz que o cartão de crédito da vítima necessita de troca, para justamente evitar fraudes.
Para a “comodidade” de quem atende a linha, o banco envia um office boy para retirar o cartão atual da vítima e lhe entrega um “novo”, uma versão falsificada.
O ajudante de motorista, de 37 anos, foi detido enquanto tentava fazer mais uma vítima na Ponta da Praia, no fim da tarde de terça-feira.
A vítima, uma aposentada de 88 anos, recebeu uma ligação do tipo. Desconfiada, ligou para o sobrinho e contou o que havia acontecido. Por sua vez, ele chamou a polícia, que montou tocaia para pegar o bandido em flagrante.
Rodrigo Santos foi detido com dois telefones celulares e três máquinas de cartão, além de agendas e 160 maços de cigarros. Um carro também foi apreendido. O criminoso estava alojado em uma pousada no bairro Itararé, em São Vicente.
Velho conhecido
Segundo os investigadores, o carro usado no crime foi cedido por essa organização criminosa para captação dos cartões e esse veículo já foi utilizado por essa quadrilha há dois anos, em outras ações.
A quadrilha é especializada, uma associação criminosa com várias células, onde cada “componente” tem uma obrigação e função. Seu comando, de acordo com a polícia, é na Capital.
Há uma coordenação, que disponibiliza o aparato (carros, equipamentos etc). Uma “central telefônica” que faz as ligações e localiza as vítimas e esses “boys”, que vão até a casa das pessoas e levamos cartões.
Agora, o intuito é chegar nos outros componentes e nas outras células da quadrilha.“Já temos vários boletins de ocorrência registrados na Baixada Santista do mesmo fato, além da nossa área”, explicou um dos investigadores, do 3º DP de Santos.