Médico cubano é acusado de apalpar parte íntima de paciente em Mongaguá
Suposto assédio aconteceu durante consulta em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA)
Uma monitora de van escolar, de 19 anos, acusa um médico cubano, da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Mongaguá, de tocá-la em sua parte íntima durante exame a um ferimento no pé. O suposto assédio aconteceu às 21h de sexta-feira (1º). Ele nega.
O delegado Luiz Carlos Vieira, da Delegacia de Mongaguá, ouviu as partes e as liberou após registrar boletim de ocorrência de “importunação sexual”. O caso será apurado em inquérito policial.
Previsto no Artigo 215-A do Código Penal, o crime de importunação sexual é punível com reclusão de um a cinco anos. Ele consiste no ato de “praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro”.
Versões
A paciente foi à UPA porque apresentava ferimento no calcanhar esquerdo. Segundo ela disse na delegacia, após examinar a lesão, o médico passou a mão no órgão sexual dela, perguntando se ali também estava infeccionado.
“Não pratiquei qualquer ato que não esteja de acordo com a Medicina. É falsa a acusação, porque nada fiz com a parte ginecológica”, defendeu-se o médico, ao conversar com A Tribuna por telefone.
Casado e com 44 anos de idade, o médico justificou que apenas verificou se a paciente tinha alguma íngua na virilha, salientando que o atendimento foi realizado com a porta do consultório aberta.
O profissional não conseguiu diagnosticar a origem do ferimento, que estava infeccionado com pus. Ele mencionou as hipóteses de tumor e pelo encravado, sem descartar outras.
A Tribuna também conversou por telefone com a monitora de van escolar. Ela ratificou o depoimento prestado na delegacia. “Passou a mão mesmo. Coisa chata”.