Justiça solta suspeito de financiar mega-assalto a bancos em Araçatuba

Libertação ocorreu um dia após a captura do homem de 33 anos, em Sorocaba

Por: Estadão Conteúdo  -  09/09/21  -  12:42
 O material explosivo apreendido pela polícia no mega-assalto em Araçatuba impressionou
O material explosivo apreendido pela polícia no mega-assalto em Araçatuba impressionou   Foto: Polícia Militar/Divulgação

A Justiça mandou soltar o homem preso pela polícia com a suspeita de ter financiado o mega-assalto a agências bancárias de Araçatuba, no Interior de São Paulo. A decisão foi dada na noite de quarta-feira (8), um dia depois da prisão de Paulo César Gabrir, de 33 anos, no Parque São Bento, em Sorocaba. Conforme a Polícia Civil, o suspeito teria confessado informalmente que as ações criminosas custaram R$ 600 mil.


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Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), a prisão do suspeito foi relaxada porque não havia provas, nem indícios relevantes, que ligassem Gabrir aos roubos em Araçatuba.


Ainda segundo o tribunal, a prisão por associação criminosa foi baseada em denúncia anônima, sendo que não foi encontrado com o suspeito dinheiro, arma, explosivo ou objetos ligados aos crimes


A decisão também abrangeu a mulher de Gabrir, Michele Maria da Silva, de 40 anos, e outro suspeito, Emerson Henrique Dias, de 25, presos na mesma ocasião. Com eles, foram apreendidos dois veículos: um automóvel BMW e uma caminhonete Amarok. Conforme a Polícia Civil, o trio continuará sob investigação.


As prisões foram efetuadas por policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), que atuam em conjunto com a Polícia Federal na investigação dos roubos, ocorridos em 30 de agosto.


Dez pessoas chegaram a ser presas por suspeita de envolvimento nos assaltos. Dois suspeitos morreram. Um deles foi encontrado baleado, em um carro, no dia do assalto. O outro foi achado morto em Sumaré.


Em 30 de agosto, ao menos 20 pessoas incendiaram veículos e explodiram duas agências bancárias, além de atacar uma terceira. Os ataques deixaram duas vítimas fatais, além da morte de um envolvido nas ações.


A quadrilha empregou diferentes estratégias para se proteger durante a ação, como o uso "escudos humanos" nas ruas, com reféns em cima de veículos, o monitoramento com drones e a distribuição de cerca de 100 quilos de explosivos pela cidade. O valor roubado dos bancos não foi divulgado.


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