Jovem leva 'voadora' de manifestante após protesto contra Bolsonaro em Santos

Assessora da vereadora Débora Camilo (PSOL) registrou B.O. após ser agredida por um homem de camiseta verde e amarela

Por: Bruno Almeida  -  08/09/21  -  07:30
Atualizado em 08/09/21 - 09:00
 Paula esteve na delegacia na noite deste domingo após levar 'voadora' de manifestante
Paula esteve na delegacia na noite deste domingo após levar 'voadora' de manifestante   Foto: Arquivo pessoal

Uma jovem de 24 anos registrou boletim de ocorrência na noite desta terça-feira (7), após ter sido chutada por um manifestante na saída do protesto contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Paula Vitória de Farias, assessora da vereadora Débora Camilo (PSOL), saía da manifestação contrária ao presidente, quando foi surpreendida pela "voadora", enquanto ia ao local onde havia deixado o carro, na rua Carlos Affonseca, no Gonzaga.


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Em entrevista para A Tribuna nesta terça, Paula contou que usava uma camiseta com a sigla do PSOL, partido de oposição ao presidente. "Eu e um grupo de amigos homens íamos buscar o carro, que estava numa rua próxima. Alguns homens com camiseta verde e amarela estavam em um bar ali perto. Quando os vimos, atravessamos a rua, justamente para evitar confusão".


Paula diz que, mesmo após se afastarem do grupo, um dos homens foi em direção a ela. "Fui falar com ele e ele me deu uma 'voadora'. Mas como estava bêbado, caiu no chão. A polícia militar estava perto e separou". Ela conta que teve um arranhão na perna direita, causado pelo chute.


"Fomos levados para o outro lado da rua e o homem voltou e ficou no bar o tempo inteiro. Desceram pessoas do prédio que viram tudo, manifestantes viram. Ele bateu na única mulher do grupo. No prédio da frente, avisaram que ele estava fugindo, andando calmamente. Falamos para os policiais, eles viram, chamaram reforço, e voltaram dizendo que não o encontraram", reclama Paula.


A jovem ainda diz que sugeriu aos PMs que abordassem os amigos do agressor. "Mas eles disseram que não poderiam perguntar nada". A Tribuna procurou pela assessoria da Polícia Militar na noite de terça, mas ainda não teve retorno.


Protestos separados
"A gente estava querendo fazer o protesto de uma forma que evitasse confronto. Era um ato pacífico. Quando vimos o pessoal de verde e amarelo, atravessamos a rua, com medo".


Um boletim de ocorrência foi registrado no 7º Distrito Policial de Santos. A polícia civil deve investigar o caso.


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