Dados da criminalidade: Casos de estupro têm queda na Baixada Santista

A Baixada Santista teve queda de 13,4% nos registros de estupros nos dois primeiros meses de 2022, em comparação com o mesmo período de 2021. Foram 84 ocorrências neste ano, contra 97 do ano passado. Em contrapartida, crimes como homicídio e roubos tiveram leve alta. O levantamento foi feito por A Tribuna, com base em estatísticas da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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Dentro das estatísticas referentes os estupros, a principal redução nos registros foi de crimes cometidos contra pessoas vulneráveis (que não oferecem resistência), como menores de 14 anos e vítimas embriagadas. Foram 61 boletins registrados em 2022, contra 81 do ano passado, o que representa queda de 24,6%.

Ao analisar os números gerais por municípios, a redução mais expressiva foi em Praia Grande, que saiu de 32 para 20 estupros registrados. As outras oito cidades tiveram números próximos nos dois períodos de comparação.

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O delegado Carlos Topfer Schneider, da Delegacia Seccional de Santos, que abrange as cidades de Santos, Guarujá, Bertioga e Cubatão, destaca que a agilidade nas investigações é um fator importante para reduzir os crimes de estupro, bem como as ações preventivas em caso de queixas.

“Temos a celeridade no curso das investigações e o trabalho preventivo quando outras queixas que seriam de fatos predecessores de um possível estupro chegam ao conhecimento da polícia. Agimos rápido, com imputação adequada ao suspeito ou investigado, e em cima disso encaminhamos esse inquérito para o Judiciário, gerando rapidez na resposta que a sociedade quer da polícia e da Justiça”.

Outros crimes

Os homicídios dolosos (quando há intenção de matar) saíram de 24 para 27. Guarujá teve a mudança mais expressiva, com cinco ocorrências em 2022 e nenhuma no mesmo período do ano passado. Já as tentativas de homicídio cresceram de 31 para 37. A alta é puxada por Praia Grande, que saiu de três para oito registros.

O levantamento aponta também alta de 6,5% nos registros de roubos, que sairam de 2.046 no ano passado para 2.179 neste ano. As principais altas foram em Praia Grande, com 166 ocorrências a mais em 2022, e São Vicente, com 66. Por outro lado, os municípios de Guarujá, Itanhaém e Santos tiveram reduções de 54, 50 e 20 registros, respectivamente.

Os furtos apresentaram pequena alta de 2,3%. Foram 4.681 ocorrências registradas em janeiro e fevereiro de 2021 e 4.793 registros no mesmo período de 2022. Praia Grande foi a única cidade com mais de mil furtos registrados neste ano.

Os roubos e furtos de veículos aumentaram 3,7% e 8,4%, respectivamente. No caso dos roubos, a alteração mais expressiva foi em Itanhaém, que teve 29 ocorrências a mais neste ano.

“Crimes extremamente graves contra a vida nunca sairão do foco da Polícia Civil. Temos uma taxa de esclarecimento (dos crimes) superior a 80%. É um índice extremamente importante. Nossa atuação, que via de regra acontece após o crime, tem focado na identificação desses autores, no trabalho de inteligência e sua responsabilidade”, explica o delegado.

Como proceder

Schneider reforça que a vítima de qualquer crime deve comunicá-lo imediatamente à polícia pelo telefone 190 e, em seguida, em uma delegacia de polícia, ou também por meio da delegacia eletrônica.

O delegado afirma que o período crítico de pandemia da covid-19 ocasionou uma redução no número de ocorrências registradas. “É um balanço positivo. De modo geral, os números se mantiveram próximos aos registrados durante o período da pandemia. Se considerarmos os últimos oito anos, temos os melhores números em todos os indicadores. O trabalho de inteligência da Polícia Civil, o número de casos esclarecidos, as operações policiais e as prisões efetuadas nos têm levado a números melhores”.