Irmão de jovem morto por causa de pastel em Praia Grande diz que assassino era próximo da família
Leonardo Ricardo Ventura, de 30 anos, morreu na segunda-feira (25)
Irmão de Leonardo Ricardo Ventura, de 30 anos, que foi assassinado na segunda-feira (25), em Praia Grande, o eletricista Bruno Ricardo Ventura, de 28 anos, conta que o assassino era próximo da família e que a vítima tinha uma boa relação com ele. A briga que tirou a vida de Leonardo começou com uma discussão por conta de um pastel.
Bruno afirma que Marcos, o empresário de 49 anos que atirou em seu irmão, é sogro de seu cunhado. Ambos tinham uma relação amigável e se encontravam constantemente em festas de família.
“Falaram que ele já tinha uma briga antiga com meu irmão. Não tem nada a ver. A gente convivia normalmente na casa de família, era todo mundo junto. Ele, por ser meu irmão, estava comigo e o Marcos, por ser sogro do meu cunhado, estava com ele”, conta.
Na noite de sexta-feira (22), Leonardo e outros dois amigos foram em uma adega na Avenida Presidente Kennedy, no bairro Caiçara, em Praia Grande.“Meu irmão foi buscar um pastel e parou na adega para comer e tomar um refrigerante”, diz Bruno. Segundo ele, Marcos, dono do local, estava lá com um amigo consumindo bebidas alcoólicas.
“Esse amigo dele foi provocar meu irmão querendo pegar o pastel, mas não pegou. Aí o Marcos colocou a mão no pastel e jogou no chão o recheio”, afirma.
Bruno conta, ainda, que o irmão, já bravo, levantou e começou a reprovar a atitude. Durante a discussão entre os dois, Marcos deu um tapa na cara de Leonardo, que reagiu jogando um pote de molho de alho no dono da adega.
“Foi quando o Marcão começou a dar chute nele e querendo briga. Teve uma hora que ele parou e entrou no carro. Depois de dez minutos, ele retornou com a arma e já desceu atirando”, diz.
Após o primeiro tiro, Bruno garante que Marcos continuou correndo atrás de Leonardo, para tentar atirar novamente. “Meu irmão ficou perguntando: ‘Marcão, o que você está fazendo? Você vai acabar com a minha vida’ e ficou gritando para os amigos ligarem para o resgate”, afirma.
“No domingo, a gente estava festejando o ‘mêsversário’ de uma criança aqui, todo mundo junto comendo churrasco e nunca tiveram nenhum desentendimento, nenhuma briga. Nada. Foi um ato de loucura do dia mesmo, não sei. Ele voltou com a arma em punho gritando como se fosse uma liberdade dele, no meio dos clientes da adega”, conta.
Leonardo morava com o avô, de 82 anos, e era pai de um menino de 7 anos. “No fim todo mundo acaba sendo vítima. Teve uma fatal e indiretamente gerou várias”, afirma Bruno.
“Se não fosse com ele, ia ser qualquer outro. O perfil dele (Marcos) é agressivo. Inclusive, um dos amigos, que estava com meu irmão, se não corresse ia tomar tiro também. Ele puxou a arma até para o funcionário dele, que foi tentar segurar”, conclui o eletricista.