Idosa dizia não temer sobrinho drogado, antes de ser morta por ele em Santos: 'não tinha medo'

Uma colega da vítima contou para A Tribuna que ambos tinham uma relação conturbada

Por: ATribuna.com.br  -  02/08/22  -  08:00
Atualizado em 02/08/22 - 08:06
Na porta da casa onde Neidinha foi morta, vizinhos colocaram uma foto em homenagem à idosa
Na porta da casa onde Neidinha foi morta, vizinhos colocaram uma foto em homenagem à idosa   Foto: Matheus Tagé/AT

Neide Candida Aires, a idosa de 81 anos que foi assassinada pelo sobrinho dentro da própria casa, em Santos, tinha uma antiga desavença com o autor do crime, mas afirmava não ter medo do homem. A informação é de uma colega da vítima e moradora do Embaré, entrevistada por A Tribuna.


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"Ela dizia que tinha problema com um parente por causa de droga, que ela se recusava a dar dinheiro, mas não tinha medo dele. Dizia que não iria se amedrontar", explica a vendedora de 45 anos, que prefere não se identificar.


Ela mora próximo à casa de Neide - onde o crime aconteceu - e garante que os vizinhos já desconfiavam do autor do crime, por conta dos próprias falas de Neide sobre o sobrinho.


A mulher conta que descobriu sobre o crime na manhã de domingo (31), ao ir comprar pão no bairro. "Na padaria só se falava nisso. Foi um choque e uma tristeza".


Ela relembra que conversava bastante com Neide, que era muito querida pela vizinhança. "Todo manhã a gente batia papo. Ela morava sozinha e era conhecida, pois estava há muitos anos no Embaré", ressalta.


Neide era muito ativa e conhecida no Embaré
Neide era muito ativa e conhecida no Embaré   Foto: Reprodução/Matheus Tagé/AT

Perfil
De acordo com a vendedora, a idosa era ativa e trabalhava com a limpeza de um prédio. "Ela era aposentada e continuava a trabalhar, andava para lá e para cá. Tinha um uma saúde muito boa. Eu só sabia da idade dela porque ela me contou, mas não parecia", enfatiza.


A vizinha ainda conta que Neide, carinhosamente apelidado de Neidinha, possuía apenas um filho que mora fora do País. "Ela era alegre, completamente feliz. Conversava com todo mundo, ninguém a via triste ou com raiva. Não tinha um dia ruim para Neide. Ela não merecia morrer assim".


O mesmo é relatado por outra vizinha - que também prefere não se identificar. "Fui muito bem recebida por ela no bairro. Era uma senhora simpática. Fiquei encantada, fazia chuva ou sol, estava na ativa. Estou triste de verdade", afirma.


Crime
O corpo de Neide foi encontrado amarrado e amordaçado em sua própria casa na noite de sábado (30), no bairro Embaré, em Santos.


O sobrinho da vítima, de 39 anos, foi preso no bairro Vila Mathias no domingo (31) após confessar o crime um dia após o homicídio.


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