Funcionário da Prefeitura de Peruíbe é denunciado por estupro contra enteadas
Meninas o denunciaram na escola na segunda-feira (25). Por conta do caso, servidor pediu exoneração do cargo
Um funcionário público da Prefeitura de Peruíbe foi alvo de denúncias de estupro e violência doméstica contra suas duas enteadas, de 10 e 13 anos. As jovens relataram o suposto crime na tarde de segunda-feira (25), enquanto estavam na escola. Um boletim de ocorrência foi registrado na Delegacia Sede da cidade, e o caso segue sob investigação da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). O suspeito pediu exoneração de seu cargo na administração.
De acordo com o registro oficial, uma das meninas disse a uma professora que estava com medo de retornar para casa, porque seu padrasto a agredia fisicamente e abusava sexualmente dela e da irmã. A diretora da instituição de ensino, então, acionou a conselheira tutelar da cidade para acompanhar o caso. A aluna afirmou, ainda, que a última agressão havia ocorrido no dia 23 de novembro.
Neste meio tempo, o servidor foi até a escola para buscar uma das meninas, quando foi informado pela diretora das denúncias, e de que só poderia retira-lá da instituição com a presença da mãe. O casal foi até o local, mas a mãe foi informada de que as meninas relataram, também, violência e abusos contra ela cometidos pelo padrasto, motivo esse que fez com que a escola não as liberassem.
Acompanhadas da conselheira tutelar e da diretora da escola, as meninas foram até a Delegacia Sede, onde, novamente, relataram as denúncias contra o padrasto. Após o registro do boletim de ocorrência, as crianças foram entregues ao pai. A investigação segue, agora, sob tutela da DDM de Peruíbe, por meio de inquérito policial.
Adovgado responde
O advogado Alexkessander Veiga Mingroni, que representa o suspeito, afirmou que o servidor público recebeu a notícia da denúncia das enteadas com surpresa. "Ele nega veementemente a prática de qualquer ato relacionado a maus-tratos ou abuso contra as menores. Ele foi pego de surpresa e tomou conhecimento da denúncia na porta da escola, quando foi buscar uma das menores", relata.
De acordo com o defensor, a mãe teve rápido contato com as filhas, ainda na escola, dizendo que não procedia o depoimento delas, de que ela era vítima de agressões por parte do marido. "Nos seis anos conjugais do casal, a mãe nunca viu um único ato que pudesse gerar suspeita de que uma situação dessas poderia ocorrer. Eles [casal] estão chateados e preocupados, e tentam entender qual seria a motivação das crianças terem feito a denúncia", relata.
Pelo fato de o caso ter ocorrido no fim da tarde de segunda, o funcionário público não apareceu para trabalhar na terça-feira (26). Na quarta (27), o servidor pediu exoneração de seu cargo, informação confirmada pelo seu advogado. "Ele pediu exoneração para acompanhar a sua defesa", finalizou.