Família de jovem atropelado em Santos quer identificar motorista que não prestou socorro; VÍDEO

Estudante de 18 anos teve quatro costelas fraturadas após ser arremessado por carro em alta velocidade, no Macuco

Por: Régis Querino  -  05/08/22  -  10:18
Atualizado em 05/08/22 - 11:08
Atropelamento aconteceu no cruzamento das Avenidas Rodrigues Alves e Senador Dantas
Atropelamento aconteceu no cruzamento das Avenidas Rodrigues Alves e Senador Dantas   Foto: Divulgação

Com costelas fraturadas, fissura no pé, luxação no tornozelo e escoriações pelo corpo, o estudante Carlos Eduardo Neves Peres de Jesus, de 18 anos, se recupera em casa de um atropelamento, após passar cinco dias internado na Santa Casa de Santos.

Na noite do último dia 24, de bicicleta, ele acompanhava a namorada até a casa dela, quando foi atropelado por um veículo em alta velocidade, no cruzamento das avenidas Rodrigues Alves e Senador Dantas, no Macuco. O motorista (ou a motorista) não parou para socorrê-lo e, desde então, a família se desdobra para identificar a pessoa.


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O padrasto de Carlos Eduardo, o mecânico Nelwton Ocanha, 51, conseguiu imagens de câmeras da Casa da Criança e de uma transportadora que fica próxima ao local do acidente. Nelas é possível ver que o carro, que descia a Avenida Senador Dantas, em direção à Avenida Perimetral, atropela o adolescente, que passava pela Avenida Rodrigues Alves, em direção à Santos Port Authority (SAP, antiga Codesp. Após a colisão, a pessoa que dirige o veículo não para e segue em direção à Perimetral.


“Estamos na batalha para identificar a placa e quem dirigia o carro. Com o impacto, o meu enteado foi parar do outro lado da rua. Fraturou quatro costelas, está tomando Tramal, tem dificuldade para respirar. O que essa pessoa fez não é correto, nem parou para socorrer”, critica Ocanha, que protocolou requerimentos para conseguir imagens de câmeras de monitoramento na Prefeitura, na Guarda Portuária e na BR Mobilidade, responsável pelo VLT, que tem um estacionamento e pátio de manobras ao lado de onde ocorreu o acidente. “O problema é a morosidade”, reclama o mecânico.


Ocanha vai protocolar outro pedido na Ecovias, pois conseguiu a foto de um veículo, que ele acredita ser o responsável pelo atropelamento, saindo de Santos pela Via Anchieta, às 23h40 do dia 24, 20 minutos após o acidente. “A Prefeitura deve ter imagens de câmeras e de radar no trajeto que o carro fez. Eu vi as imagens do VLT, não dá pra ver a placa, mas é uma câmera mais próxima (do local do acidente) e dá pra ver o atropelamento. Eles vão entregar na polícia”, diz o padrasto, que registrou boletim de ocorrência no 3º Distrito Policial de Santos.


Com dores e dificuldades até para levantar da cama, Carlos Eduardo se recupera do susto. “Eu olhei para o lado e só vi o carro de reflexo. Ele bateu em mim, me jogou longe e não parou. Algumas pessoas pararam para me socorrer, a mãe da minha namorada também chegou rápido e o Samu me levou para a Santa Casa. Agora são uns dois meses de repouso, como é fratura na costela, não tem como imobilizar. Tenho diabetes, que dificulta a cicatrização da costela e dos ferimentos”, lamenta.


Sem respostas

Procurada para saber se imagens de câmeras de monitoramento e de radares na região foram enviadas à Polícia Civil, a Administração Municipal respondeu com uma nota sucinta: “A Prefeitura não tem imagens do local”. A Tribuna também enviou a mesma solicitação à Guarda Portuária, que, através da assessoria de imprensa, informou que só seria possível responder nesta sexta-feira (5).


Em nota, a Polícia Civil disse que o caso segue sendo investigado. “A autoridade policial realiza diligências visando a localização do suspeito e elucidação dos fatos. Detalhes serão preservados para garantir a autonomia ao trabalho policial”.


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