Estelionatários fazem vítimas com golpes por mensagens

Duas pessoas tiveram prejuízos por modalidades distintas de crimes desta natureza, no final de semana, em Praia Grande

Por: Da Redação  -  17/06/19  -  17:03
Golpistas utilizam sistemas robotizados para espalhar mensagens de forma rápida para muitas pessoas
Golpistas utilizam sistemas robotizados para espalhar mensagens de forma rápida para muitas pessoas   Foto: Divulgação/ AdobeStock

Estelionatários continuam fazendo vítimas de golpes financeiros aplicados por WhatsApp na região. Ao menos duas pessoas tiveram prejuízos por modalidades distintas de crimes desta natureza, no final de semana, em Praia Grande. Oferta de emprego e pedido desesperado de ajuda são algumas formas usadas para enganar as pessoas.


A ousadia dos criminosos e o poder de convencimento na hora de levar dinheiro das vítimas são destacados por autoridades policiais, que alertam sobre as novas modalidades de delitos virtuais.


A primeira vítima, um homem de 31 anos, caiu no chamado golpe da clonagem de WhatsApp. Ele teve a conta invadida por criminoso que, se passando pelo titular do contato, pedia à sua rede de amizade depósitos urgentes de dinheiro. Sob argumento de quitar uma conta atrasada e estar próximo ao término do expediente bancário, pediu valores de R$ 1 mil a amigos e parentes.


Segundo a Polícia Civil, os valores pedidos pelos golpistas são geralmente baixos, para que as pessoas não desconfiem. Sensibilizado com a história, o sogro da vítima fez uma transferência neste valor para uma conta-corrente na agência Itaú, favorecida a Weverton Leme Mendonça (que não é do titular do contato). O estelionatário pediu o comprovante do depósito, que foi encaminhado pelo parente da vítima.


O criminoso manteve o pedido e a mesma história aos demais contatos. Um amigo que tinha caído num golpe semelhante, estranhou o fato e ligou para vítima, que negou ter feito o pedido. Foi quando ele tentou entrar em sua conta da rede social e teve o acesso negado. Para evitar problemas futuros, ele encerrou a conta no comunicador instantâneo. O caso segue em apuração pela equipe da Delegacia-Sede de Praia Grande.


Promessa de emprego


Uma falsa promessa de recolocação profissional fez caminhoneiro sofrer prejuízo de R$ 650. Ele recebeu mensagem de que transportadora de carga o contrataria, agregando o seu caminhão à frota.


O golpista pediu que ele encaminhasse por meio do WhatsApp cópias de documentos para o contrato ser assinado.


Em seguida, o falso recrutador pediu depósito de R$ 450 para a instalação de um rastreador no veículo da vítima. Ele fez o depósito numa Casa Lotérica, favorecendo Roseane Lourenço Santos.


O golpista pediu novo pagamento, desta vez de R$ 200 para colocação de um tacógrafo (aparelho para monitorar tempo de uso, distância percorrida e velocidade do veículo). A orientação era que ele aguardasse o agendamento do técnico responsável pelo serviço.


A vítima ligou para o recrutador, que não atendeu. Ela foi até o endereço indicado (Av. Senador Feijó, 660, Centro de Santos), mas foi informada que nenhuma transportadora funcionava no local.


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