Delegado de Santos dá dez dicas para evitar o golpe do falso sequestro; confira lista

Orientações envolvem desde métodos de prevenção até como não se deixar enganar por bandidos

Por: Ágata Luz  -  20/09/21  -  06:40
 Delegado explica que bandidos fazem levantamento de dados da vítima antes de simular o sequestro por telefone
Delegado explica que bandidos fazem levantamento de dados da vítima antes de simular o sequestro por telefone   Foto: Alexsander Ferraz/AT

Ligar para uma pessoa, dizer que um familiar está sequestrado e pedir o resgate por meio de transferência ou depósito. Este é o golpe do falso sequestro, que se disseminou pelo País e continua fazendo vítimas. O delegado da 1ª Delegacia da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Santos, Luiz Ricardo Lara Dias Júnior, elencou a pedido de A Tribuna dez dicas sobre como agir diante do golpe.


- Confira as dez dicas para não cair no golpe do falso sequestro


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Ele explica que, geralmente, um levantamento de dados antecede o falso sequestro. “Os criminosos usam engenharia social, que é a busca de informações nas vias abertas (ou seja, na rede social)”. Desta forma, as orientações envolvem desde como se prevenir do crime até maneiras de frear a ação dos criminosos.


Lara ainda alerta para um cuidado maior com idosos, pois segundo ele esse público é o mais vulnerável ao golpe e o mais suscetível a sofrer algum agravamento no quadro de saúde. “Às vezes, os idosos não têm conhecimento técnico específico, então é superimportante que as pessoas que convivam com eles conversem sobre este tipo de golpe para deixá-los preparados”.


Em contato com A Tribuna, uma moradora de Praia Grande de 64 anos – que prefere não se identificar - relata os segundos de angústia e pânico ao telefone com um golpista, que disse se chamar Rogério.


“Assim que atendi o telefone veio uma voz chorando pedindo socorro e me chamando de mãe. A voz lembrava muito a do meu filho mais velho. Fiquei desesperada. Na sequência, outra pessoa passou a falar e disse que mataria meu filho se não depositasse R$ 25 mil em uma conta. Comecei a chorar e passar mal, pois tomo remédio para pressão”.


Ela contou que, em seguida, o outro filho dela, que estava em casa no momento da ligação, pegou o telefone e começou a conversar com o suposto sequestrador. “Não sosseguei até conseguir ouvir a voz do meu filho ao celular. Fiquei o dia inteiro com dor de cabeça e um sentimento de tristeza”, explica a idosa, que precisou usar um segundo telefone para ter contato com o familiar e certificar-se de que ele estava bem.


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