Delegacia de Defesa da Mulher em Santos reabre sob pedido de avanços

DDM passa a funcionar 24h e deve ter maior procura

Por: Da Redação  -  27/03/19  -  22:51
Apesar de ter sido vítima de roubo em Cubatão, jovem registrou B.O em Santos
Apesar de ter sido vítima de roubo em Cubatão, jovem registrou B.O em Santos   Foto: Nirley Sena/AT

Reforço no atendimento a mulheres, crianças e adolescentes vítimas de violência física, moral e sexual. Com mais de duas semanas de atraso, a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Santos passa a funcionar 24 horas por dia. O horário ampliado da especializada é válido desde terça-feira (26), quando terminou a reforma do imóvel na Rua Assis Corrêa, 50, no Gonzaga. Custeada pela prefeitura, a adequação teve investimento de R$ 450mil. Esta é a primeira unidade da Baixada Santista (e oitava no estado) de investigação ininterrupta de crimes praticados contra as mulheres.


O turno da madrugada deveria estar em atividade desde o dia 8, mas foi adiado devido a atrasos nas obras. A reforma no espaço consta no convênio firmado com a Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP-SP). Pelo acordo, a administração santista também deve destinar um guarda municipal e dar apoio profissional no atendimento às vítimas.


O prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) destacou que Santos é uma das quatro cidades paulistas com uma DDM 24 horas – as outras, São Paulo, Campinas e Sorocaba. Uma equipe (delegada, escrivã e investigadora) foi direcionada da Capital para reforçar a unidade santista.


O diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior-6 (Deinter-6), Manoel Gatto Neto, pondera que a intenção é prestarum atendimento “especializado e humanizado às vítimas”.


O secretário estadual de Segurança Pública, general João Camilo Pires de Campos, reconhece a falta de profissionais nos quadros das polícias paulistas. Sem precisar datas, ele afirma que serão abertos processos seletivos para preencher a “lacuna considerável de pessoal”.


Para a Associação de Delegados de Polícia do Estado (Adpesp), a situação é crítica.“É urgente não apenas o incremento dos quadros de servidores, como uma equiparação salarial”, resume o presidente da entidade, Gustavo Mesquita.


A delegada titular da unidade santista, Fernanda dos Santos Souza, fala em aumento no volume de queixas com a mudança. Em média, a especializada registra 20 casos por dia. “Em três anos, vemos um aumento significativo nos inquéritos instaurados”.


Mais uma unidade


Campos menciona que a DDM de Praia Grande será a segunda a ter o horário expandido na região. “Vamos ver se conseguimos operacionar o quanto antes. Estamos pelo acerto em questão de pessoas”, diz. O imóvel passa por reformas, custeadas pela Prefeitura de Praia Grande. O prefeito Alberto Mourão (PSDB) espera concluir a obra em 150 dias.


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