Bebê de dois meses morre no corredor do hospital esperando atendimento
Mãe denuncia negligência médica pela demora, alegando que atendente só queria preencher formulários
![A mãe da criança denunciou o caso ao Ministério Público](http://atribuna.inf.br/storage/Noticias/Polícia/censurado1811802914294.webp)
Um bebê de dois meses morreu no corredor do hospital esperando ser atendido após ser levado pela mãe, Evelyn Arruda, com dificuldades respiratórias e já ter sido reanimado. Ravy Luiz de Arruda Aldama ficou em uma maca aguardando o atendimento médico, com uma máscara de oxigênio de tamanho adulto, segundo a mãe. Ela denunciou o caso ao Ministério Público por negligência. O caso ocorreu no pronto-socorro de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, na noite desta segunda-feira (25).
Evelyn disse que procurou o atendimento médico devido a uma tosse. Segundo o médico, Ravy estava bem, e tinha uma pequena mancha no pulmão, mas já estaria medicado. Em casa, a criança começou a ficar roxa, e foi quando ela saiu com ela pela rua pedindo ajuda. Vizinhos a levaram ao posto dos Bombeiros, que fica próximo dali, onde Ravy recebeu os primeiros atendimentos e foi reanimado, e foi levado ao atendimento de urgência no hospital.
Na unidade de saúde, a mãe disse ter chegado em horário da troca de plantão, e mesmo com a urgência do caso, Evelyn alega que perdeu muito tempo com preenchimento de formulários. Ela disse que mesmo explicando que o filho tinha falta de ar, e que havia sido reanimado há pouco pelos bombeiros, "começaram a furar" Ravy.
Ela ainda relatou que os médicos acreditavam que o bebê estava engasgado, mas Evelyn disse que ele não havia ingerido nada. Ravy foi colocado em uma maca e deixado no corredor da unidade, segundo ela, usando uma márcara de oxigênio de tamanho adulto, e que náo encaixava em seu rosto.
Em desespero, Evelyn via o tempo passar e nada ser feito, e passou a gritar por socorro pelo pequeno Ravy, enquanto esperava pela vaga na pediatria. Ela diz que o hospital até acionou a polícia para contê-la. Após Ravy morrer, foi quando tentaram fazer algo, disse Evelyn, mas já era tarde.
O atestado de óbito aponta que a morte tenha ocorrido por problemas cardiorrespiratórios e uma possível cardiopatia congênita, o que é questionado pela família. Eles também alegam que o médico que assinou o documento não estava no local, e soube das informações através de terceiros.
*com informações de campogradenews