Baixada Santista tem queda de 22,8% no número de roubos em dois anos

Oito das nove cidades da região registraram redução. Em Santos, queda foi acima de 30%

Por: Daniel Gois  -  31/01/22  -  06:53
Atualizado em 31/01/22 - 15:09
Entre 2019 e 2021, roubos caíram na Baixada Santista
Entre 2019 e 2021, roubos caíram na Baixada Santista   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

Os registros de roubos nas nove cidades da Baixada Santista tiveram queda de 22,8% em dois anos. As ocorrências dessa natureza caíram de 13.950, em 2019, último ano antes da pandemia de covid-19, para 10.776, em 2021. No caso de Santos, a queda foi ainda maior, de 30,7%. Os dados são da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) de São Paulo.


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Um comparativo feito por A Tribuna levou em consideração o último ano antes da pandemia de covid-19 e os dados do ano passado. O Município de Santos teve 2.535 roubos registrados no ano de 2019. Em 2021, foram 1.757 ocorrências.


São Vicente também teve queda expressiva nos registros de roubos, passou de 2.941 crimes em 2019 para 1.810 ocorrências em 2021, uma diminuição de 38,45%. Em Praia Grande, a redução foi de 18,22%, sendo 3.144 roubos em 2019 e 2.571 no ano passado.


Em Guarujá, foram registrados 2.342 roubos em 2021, uma queda de 6,39% em comparação com 2019, quando ocorreram 2.502 crimes dessa natureza.


O Município de Cubatão teve queda de 36,56% nos roubos em dois anos, passou de 618 registros em 2019 para 392 ocorrências em 2021. Em Mongaguá, a baixa foi de 29,04% - os números caíram de 668 para 474.


Na cidade de Itanhaém, a redução nos roubos foi de 14,89%. O município do Litoral Sul teve 792 ocorrências em 2019, contra 674 de 2021.

Peruíbe teve uma queda um pouco menor, de 11,03%. A cidade registrou 435 roubos em 2019 e 387 em 2021.


Alta

Bertioga foi a única cidade da Baixada Santista a registrar crescimento nos roubos em dois anos. A alta foi de 2,53%. Em números absolutos, foram 315 roubos registrados em 2019 e 323 em 2021.


Outros crimes

Os roubos de veículos também tiveram redução considerável na Baixada Santista. Foram 1.433 registros em 2019, contra 805 em 2021, uma queda de 43,82%. Os estupros também caíram, de 515 para 489 (5,04%).


Por outro lado, os registros de latrocínios (roubo seguido de morte) dobraram, de 5 para 10 casos, entre 2019 e 2021. Os furtos também subiram, de 25.199 em 2019 para 25.572 em 2021, uma alta de 1,48%.


Análise

O delegado e diretor do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo do Interior Seis (Deinter-6), Manoel Gatto Neto, ressalta que os índices criminais têm caído significativamente na região nos últimos sete anos.

Ele aponta que o ano de 2020 não se apresenta como o ideal para comparativos, devido às restrições provocadas pela pandemia de covid-19. Em relação aos roubos, ele destaca que há uma tendência de queda.


"Os casos de roubo seguem uma tendência de queda, que vem sendo observada nos últimos anos, (a situação é) fruto de melhor prevenção e do trabalho de inteligência da polícia. Ela cruza as informações de todas as ocorrências e o modo de agir dos criminosos, fazendo com que muitos casos sejam esclarecidos e os ladrões acabem presos", afirma o delegado, em entrevista para A Tribuna.


O diretor da Associação dos Guardas Civis Municipais da Baixada Santista (AGCMBS), Anderson Bernardes, destaca a importância da integração dos municípios com a Polícia Militar, visando a troca de informações e o monitoramento por câmeras. Ele alerta para que as pessoas tenham atenção redobrada com pertences, como celular, joias e bolsas.


"Em várias cidades, temos investimentos em viaturas, armamentos e câmeras de monitoramento. A gente pode somar tudo isso com a atenção maior que a população vem tendo. A integração e o fortalecimento do planejamento, a estruturação das guardas municipais têm contribuido muito com a diminuição desses índices", afirma Bernardes.


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