Após perseguição, acusado de estelionato é preso em Praia Grande

Com prisão preventiva decretada por falsificação de documento público no Interior e acusado de estelionato em Praia Grande, onde prometia investimentos com juros superiores aos das aplicações convencionais, Hélio Fernando do Nascimento, de 48 anos, foi capturado nesta cidade.

A equipe do delegado Flávio Goda Magário e do investigador Gleydon Segundo, do 1º DP de Praia Grande, tentava deter Hélio desde abril, quando uma comerciante da cidade registrou boletim de ocorrência de estelionato contra ele.

Até então, os policiais ignoravam que o acusado era procurado da Justiça. A sua ordem de captura foi expedida no dia 2 de dezembro de 2016 pela 5ª Vara Criminal de Ribeirão Preto, na qual responde a processo. Em Praia Grande, ele é suspeito de lesar mais pessoas.

Segundo a comerciante, após conquistar a sua confiança, Hélio lhe propôs entregar dinheiro para supostos investimentos que renderiam juros elevados. Iludida, a mulher deu ao acusado a quantia de R$ 5 mil e mais dois cheques em branco para as tais aplicações.

Porém, Hélio sumiu sem prestar contas, sendo os cheques preenchidos nos valores de R$ 2.500 e R$ 11.733. Em ambos, a assinatura da comerciante foi falsificada. O acusado também deixou de atender os telefonemas da vítima, que decidiu denunciá-lo à Polícia Civil.

Fuga e perseguição

Investigando o caso, policiais do 1º DP de Praia Grande descobriram que Hélio levaria a filha ao Hospital Irmã Dulce, no Boqueirão, e viram ele chegar ao local dirigindo um Fiat Siena preto.

Tão logo o carro foi estacionado e a filha de Hélio desembarcou na Avenida São Paulo, os agentes se aproximaram. Porém, o acusado acelerou de forma brusca e fugiu. Para não ser atropelado, um investigador precisou recuar.

Após breve perseguição, o veículo de Hélio foi interceptado na Avenida Presidente Kennedy, no bairro Guilhermina. Depois da verificação de ordem de captura contra o acusado, ele foi recolhido à cadeia.

Criptomoedas

Sobre o estelionato contra a comerciante, Hélio disse ser inocente. “Ele admitiu que recebeu os cheques em branco e o dinheiro, mas sem o propósito de aplicar golpe. Alegou que pretendia investir em 'criptomoedas' e remunerar a vítima, mas não obteve o lucro esperado”, disse Segundo.

No processo de Ribeirão Preto, conforme denúncia do Ministério Público, Hélio é acusado de falsificar três cheques, de R$ 10 mil cada, para pagar a locação de um imóvel realizada em nome de um filho.

Dois cheques pertencem a um homem e têm queixa de furto. O terceiro é de uma pessoa jurídica (construtora) e não se sabe como Hélio o obteve. Exame grafotécnico atestou que os três foram preenchidos pelo próprio réu.