Após encontrar assassino do pai pela internet, jovem comemora julgamento em Registro: 'Vai pagar'

Elder Alves foi morto em 2010, aos 38 anos. Filho da vítima descobriu onde o acusado estava após 12 anos

Por: Daniel Gois  -  11/05/22  -  08:48
Vítima foi morta em Registro no ano de 2010. Audiência do acusado está marcada para junho
Vítima foi morta em Registro no ano de 2010. Audiência do acusado está marcada para junho   Foto: Arquivo pessoal/Leandro Alves e Divulgação/Prefeitura de Registro

Um homem acusado de matar um morador de Registro, no Vale do Ribeira, passará por audiência 12 anos após o crime ser cometido. Elder Alves foi executado a tiros em abril de 2010, quando tinha 38 anos. O acusado foi preso em março deste ano depois que o filho da vítima, Leandro Rodrigues Ferreira Alves, descobriu a localização dele pela internet.


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A audiência voltada para instrução, debates e julgamento foi marcada pela Justiça para 14 de junho, às 16h30, na 2ª Vara Judicial de Registro. As investigações são conduzidas pelo 1º Distrito Policial (DP) do Município.


Desde a prisão, ocorrida em Fazenda Rio Grande (PR), a defesa do acusado entrou com pedidos de habeas corpus e prisão domiciliar. Os pedidos foram negados pela Justiça, com o intuito de não atrapalhar o andamento do processo.


Morto há 12 anos, Elder Alves ia para uma delegacia registrar um boletim de ocorrência contra o homem, que o ameaçava de morte, na data dos fatos. Ele foi atingido por dois tiros, sendo um no coração, e não resistiu. Leandro tinha 16 anos na época.


Buscas

Do crime em diante, o filho da vítima começou a fazer buscas para encontrar o autor dos tiros, que fugiu do Estado de São Paulo e passou a usar um nome falso.


Ao procurar pela internet, Leandro Alves, hoje com 28 anos, descobriu uma empresa MEI (Microempreendedor individual) aberta no nome verdadeiro do acusado, com telefone contendo DDD no Estado do Paraná.


Com uma simulação de transação por Pix, ele descobriu duas chaves de segurança, uma no CNPJ da empresa e outra no referido telefone, apontado como sendo da esposa do acusado. Depois, o filho de Elder Alves pesquisou por ambos nas redes sociais e descobriu que eles moravam em Fazenda Rio Grande, localizada há 31 km da capital Curitiba.


Equipes da Guarda Civil Municipal (GCM) localizaram o acusado no dia 16 de março. Na ocasião, ele apresentou documento falso, mas a condição de procurado foi constatada posteriormente.


"Procurei ele a minha vida toda. Nunca descansei, nunca deixei de procurar. Foi muito difícil procurar ele (por) esses anos todos. Ele nunca deu pista de nada. Felizmente ele se precipitou em abrir uma empresa no nome dele. Agora ele vai pagar pelo que fez", disse Leandro Alves.


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