AGU defende legalidade do decreto de Bolsonaro que livrou deputado federal Daniel Silveira

Advocacia-Geral da União enviou nesta terça (10) manifestação ao Supremo Tribunal Federal

Por: ATribuna.com.br  -  10/05/22  -  17:25
Atualizado em 10/05/22 - 22:39
Daniel Silveira afirmou que não voltará a usar o equipamento de monitoramento
Daniel Silveira afirmou que não voltará a usar o equipamento de monitoramento   Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

A Advocacia-Geral da União (AGU) enviou nesta terça (10) ao Supremo Tribunal Federal (STF) manifestação favorável ao decreto do presidente Jair Bolsonaro que concedeu graça constitucional à pena do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ). Para a AGU, o decreto foi feito dentro das prerrogativas constitucionais do presidente da República.


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"Diante do exposto, tendo em vista que o decreto presidencial de 21 de abril de 2022 observou todos os parâmetros que lhe foram impostos pelo poder constituinte originário, não tratando de crimes vedados pela Constituição, entende-se que tal ato não padece de inconstitucionalidade, não havendo qualquer violação a direito fundamental", diz o parecer.


O decreto foi editado um dia após o deputado ter sido condenado pelo Supremo a oito anos e nove meses de prisão pelos crimes de tentativa de impedir o livre exercício dos Poderes e coação no curso do processo.


Com a condenação, Silveira também foi apenado com a perda do mandato e a suspensão dos direitos políticos após o fim dos recursos, penas que podem tornar o parlamentar inelegível temporariamente. O deputado também deverá pagar cerca de R$ 200 mil de multa pela condenação.


Apesar da condenação, as penas não estão sendo cumpridas porque ainda cabe recurso.



A manifestação da AGU foi enviada ao STF para instruir ações de inconstitucionalidade movidas por partidos contra o decreto.


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