Advogado de policial civil morto por PMs na porta de delegacia no litoral de SP contesta militares

Para Renato Cardoso, "não é crível que um policial civil troque tiros com policiais militares na porta da delegacia"

Por: ATribuna.com.br  -  25/05/22  -  18:43
Atualizado em 26/05/22 - 17:11
Eduardo Brazzolin foi morto em entre ao DP sede de Guarujá
Eduardo Brazzolin foi morto em entre ao DP sede de Guarujá   Foto: Reprodução/TV Tribuna

O advogado da família do policial civil Eduardo Antonio Brazolin, que morreu em frente à Delegacia Sede de Guarujá após um desentendimento com policiais militares, afirma que busca a verdade dos fatos e os motivos que levaram ao conflito ocorrido há quase três meses.


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Durante entrevista para a TV Tribuna, Renato Cardoso, que também é cunhado da vítima, ressaltou que quer saber os motivos pelos quais houve o tiroteio.


"Não é crível que um policial civil troque tiros com policiais militares na porta de uma delegacia. Não dá para acreditar, a não ser que ele tenha ficado louco e disparado a esmo. A quantidade de documentos que me deparei me permite ter dúvida em relação a essa história", disse Cardoso.


A defesa dos PMs envolvidos alega que houve legítima defesa, já que Brazolin teria sacado uma arma e efetuado dois disparos, o que motivou a intervenção dos agentes. O advogado contesta.


"Estou aguardando as investigações. Elas dirão se houve legítima defesa, se houve excesso ou não. Não estamos querendo achar um culpado a todo custo. O que a família quer é a verdade, o que aconteceu. Não só o que aconteceu naquele dia, mas o que motivou os fatos daquele dia", comentou.


Relembre o caso

Eduardo Brazolin morreu na madrugada do dia 28 de fevereiro após uma troca de tiros com policiais militares em frente a Delegacia Sede de Guarujá.


O policial civil teria exigido que um homem, detido na viatura policial por desacato aos agentes militares, fosse liberado, mas a ocorrência ainda seria apresentada. Houve discussão e xingamentos.


De acordo com o boletim de ocorrência, quando os PMs tentaram imobilizar o policial civil, ele sacou uma arma e efetuou dois disparos, que atingiu um agente no ombro e deixou outro ferido na região do olho, pela zona de chamuscamento. A PM reagiu e Brazolin acabou sendo baleado. Ele não resistiu.


As investigações estão sob responsabilidade da 3ª Delegacia de Homicídios do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de Santos. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) disse que a Polícia Militar também instaurou inquérito, através da corregedoria, e se for constada alguma regularidade, serão tomadas as medidas cabíveis.


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