Advogado acusa funcionário da CPFL de agressão em agência do Gonzaga em Santos
Colaborador da Companhia teria desferido uma cotovelada e um soco no peito do cliente na tarde desta terça (15)
Um funcionário da CPFL Piratininga é acusado de agredir com uma cotovelada e um soco no peito um cliente de 62 anos. O advogado Francisco Martori Sobrinho disse que a violência contra ele aconteceu em frente à Agência de Atendimento de Santos, na Avenida Ana Costa, 433, no Gonzaga, onde sequer pôde entrar. Além de registrar boletim de ocorrência, o usuário disse que ajuizará ação cível por dano moral.
“As pessoas estão com a síndrome do pequeno poder. Um atendente de um serviço público essencial se acha na condição de ser arbitrário, se recusar a atender um cliente no horário de expediente e fazer valer sua displicência com violência física”, desabafou Martori, após comparecer ao 7º Distrito Policial de Santos. Nesta repartição, a delegada Daniela Perez Lázaro elaborou termo circunstanciado (TC) de “lesão corporal”.
Segundo o advogado, pelo site da CPFL, ele solicitou a ligação de energia em uma sala corporativa na Ponta da Praia. Sobre o mesmo assunto, ele telefonou para o 0800 da empresa, recebendo protocolo de atendimento e sendo orientado a comparecer à agência do Gonzaga, entre 8 e 16 horas. O usuário chegou à empresa durante o expediente, na tarde de terça-feira (15), e bateu na porta de vidro, porque ela estava fechada.
O funcionário Robson Sanches Teixeira, de 41 anos, abriu parcialmente a porta. De forma ríspida, de acordo com o advogado, ele lhe perguntou: “Você não sabe lê?” (sic). Sem entender o comportamento do acusado, Martori explicou que apenas seguia orientação da própria CPFL. Porém, o colaborador da concessionária de serviço público não gostou e desferiu uma cotovelada e um soco com o braço esquerdo no peito do cliente.
“Perdi o fôlego e não reagi. Apenas gritei por socorro e chamei a Polícia Militar. Sou safenado e possuo grampos no tórax. Ele (funcionário) queria que eu chegasse antes das 15h para retirar senha, mas ainda estava dentro do horário do expediente e apenas segui a recomendação da própria CPFL”, detalhou o advogado. Martori disse que eram 15h40 e a Agência de Atendimento tinha “pouco movimento”.
Robson negou a agressão a policiais militares que compareceram à CPFL. Ele foi conduzido ao 7º DP, sendo liberado após a elaboração do TC, que será apreciado diretamente pelo Juizado Especial Criminal (Jecrim). O cliente recebeu guia de exame de corpo de delito e contou que ficou com um hematoma no peito.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a CPFL Piratininga informa que "está apurando o ocorrido e que segue à disposição das autoridades competentes para informações adicionais”.