Acusado de executar casal, Saddam é preso ao sair de balada em Itanhaém

Suspeito não portava documentos e tentou confundir os policiais identificando-se como “José Paulo de Almeida”

Por: Eduardo Velozo Fuccia  -  02/10/20  -  16:52
Pedro Paulo Menezes Barbosa, o Saddam, de 32 anos (à esquerda) e o casal assassinado (à direita)
Pedro Paulo Menezes Barbosa, o Saddam, de 32 anos (à esquerda) e o casal assassinado (à direita)   Foto: Reprodução

Suspeito de matar um casal em Carapicuíba, na Região Metropolitana de São Paulo, Pedro Paulo Menezes Barbosa, o Saddam, de 32 anos, foi capturado por policiais militares às 3h30 desta sexta-feira (2), logo após sair de uma balada em Itanhaém.


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Com prisão temporária de 30 dias decretada pelo juiz Renato de Andrade Siqueira, da 1ª Vara Criminal de Carapicuíba, o acusado não portava documentos e tentou confundir os policiais identificando-se como “José Paulo de Almeida”.


O procurado da Justiça estava acompanhado de uma mulher, que afirmou ser a sua namorada há cerca de dois meses. Ela alegou não saber o nome completo do suspeito, mas revelou que o seu apelido é Saddam.


A partir desta informação, os PMs realizaram outras checagens. Elas resultaram na descoberta da identidade de Saddam e da ordem de captura expedida contra o acusado, que foi recolhido à cadeia de Peruíbe.


Segundo os policiais, às 2 horas, eles receberam denúncia de que o autor do homicídio de um casal, procurado da Justiça, estava com uma mulher em uma danceteria que fica no Centro de Itanhaém.


Para evitar tumulto na casa noturna, os PMs aguardaram o final da balada, às 3h30. Entre as várias pessoas que saíam, uma delas chamou a atenção, porque as suas características físicas e roupas coincidiam com a descrição transmitida na denúncia.


Descrito como “dentuço”, com tatuagem na perna direita e cabelos raspados nas laterais da cabeça, Saddam usava boné e vestia bermuda e camiseta. Ele não reagiu ao ser abordado.



Queima de arquivo?
Inicialmente, houve a execução de Jaime Aprígio da Silva Júnior, na noite do último dia 29 de junho, por motivos a serem ainda esclarecidos. Ele foi atingido por diversos tiros quando abria um carro estacionado na Rua Areado, em Carapicuíba.


Durante as investigações, Letícia Mattos de Souza, ex-companheira de Jaime, revelou de modo informal à Polícia Civil que, na data do homicídio, a vítima fora se encontrar com Saddam no mesmo lugar da execução. O casal estava separado há cerca de três meses.


A mulher alegou não poder oficializar em depoimento as suas informações, porque havia sido ameaçada de morte por Saddam e estava com medo de sofrer represálias. Duas semanas depois, exatamente no dia 13 de julho, Letícia também foi assassinada.


Ela participava de uma festa em uma casa alugada para eventos, em Carapicuíba. Dois homens invadiram o imóvel e executaram Letícia próximo à piscina. Um dos atiradores seria Saddam. A perícia coletou no local sete cartuchos de pistola calibre 9 milímetros.


A pedido da Polícia Civil, a Justiça decretou a prisão temporária de Saddam no dia 20 de agosto. O requerimento foi fundamentado no fato de a medida ser imprescindível às investigações, realizadas pela equipe do 3º DP de Carapicuíba.


Por se tratarem de crimes hediondos (homicídios qualificados), a prisão temporária de 30 dias pode ser prorrogada mais uma vez, por igual período. Depois, com novas provas produzidas, deverá ser pedida a preventiva (sem prazo definido) de Saddam.


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