Empresário ganha triplex do Guarujá atribuído a Lula, mas não ficará com ele: 'sem condições'

O empresário afirma que venderá o apartamento para investir seu valor em obras

Por: Gabriel Fomm  -  31/05/22  -  18:36
Atualizado em 31/05/22 - 23:29
Antônio Nóbrega, empresário do ramo imobiliário e da construção, conta que não tem interesse em manter a cobertura.
Antônio Nóbrega, empresário do ramo imobiliário e da construção, conta que não tem interesse em manter a cobertura.   Foto: Arquivo/Rogério Soares/AT

O polêmico triplex do Guarujá atribuído ao ex-presidente Lula (PT) durante julgamento da Operação Lava-Jato, que foi sorteado no último sábado (28) em uma rifa, teve como ganhador um empresário de 63 anos, morador da Zona Leste de São Paulo. Para A Tribuna, ele afirmou que não ficará com o apartamento, que vale mais de R$ 2,2 milhões.


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Antônio Nóbrega, empresário do ramo imobiliário, conta que não tem interesse em manter a cobertura. Afirma não ter como pagar IPTU, condomínio e outras contas que são atreladas à aquisição.


“Não tenho condições de ficar com um imóvel desse, nem em pensamento. Estou esperando que eles (Pancadão de Prêmios, que fez o sorteio) lavrem a escritura para eu vender. Vão marcar o dia para entregar a chave, fazer um coquetel, aí vou descer com a família e com amigos. Posso ficar nele, por enquanto, até a hora que encontrar alguém para comprar”, afirma Antônio.


O empresário é um grande fã de jogos. Seu fanatismo começou após um infarto, devido ao fumo excessivo de cigarros, que o fez decidir investir o dinheiro destinado ao tabagismo em loterias.


“Foram vários (números adquiridos), deve ter dado uns nove números, toda semana a gente comprava até para concorrer a um carro e outras coisas. A primeira reação quando me ligaram, no domingo, foi aquele impacto, que você fica estatelado e sem saber o que fazer na hora”, relembra.


Sua família não sabia que ele estava concorrendo ao prêmio. Antônio conta que apenas anunciou a vitória e todos ficaram contentes com a notícia.


“Eu sou natural de João Pessoa, na Paraíba. Eu fui criado no sertão, em 1977 fui para Brasília e em 1982 vim para São Paulo, onde estou até hoje. O apartamento vai mudar (minha vida) de uma hora para outra. Vai ser um grande impacto”, conta o empresário.


“Você acredita que ainda não caiu a ficha? Acho que só vai cair na hora que eu vender, pegar o dinheiro e aplicar na construção de uns imóveis que dá uns trezentos apartamentos que a gente tem aprovado aqui, aí vou sentir o impacto disso. É muita gente me ligando, jornalistas do Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília".


O apartamento de três andares fez parte de uma promoção aos assinantes da plataforma Pancadão de Prêmios, que sorteia semanalmente itens como carros, motos, celulares e outros aparelhos eletrônicos.


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