Pix já movimentou mais de R$ 44 bilhões na Baixada Santista

Especialistas dão orientações para que transações sejam feitas com segurança

Por: Daniel Gois  -  01/03/22  -  07:17
Atualizado em 01/03/22 - 14:26
Pix já movimentou mais de R$ 44 bilhões na Baixada Santista
Pix já movimentou mais de R$ 44 bilhões na Baixada Santista   Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Divulgação

As transações por meio do Pix, sistema nacional de pagamentos instantâneos, já movimentaram mais de R$ 44 bilhões na Baixada Santista desde novembro de 2020, quando ele foi lançado, até janeiro deste ano. Em pouco mais de um ano, foram mais de 97 milhões de operações instantâneas realizadas na região. Os dados são do Banco Central (BC) e foram obtidos por A Tribuna, que também listou dicas para que você use o sistema de forma segura.


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Dos pouco mais de R$ 44 bilhões envolvidos em transações com o Pix, cerca de R$ 17.8 bilhões foram movimentados em Santos. A cidade registra mais de 24 milhões de operações desde o lançamento do sistema.


Em seguida, aparece o município de Praia Grande, onde já foram feitas mais de 18 milhões de transações com o Pix. Elas movimentaram R$ 7.4 bilhões.


Levando-se em conta o dinheiro movimentado, Guarujá aparece na sequência, com R$ 5.6 bilhões. A cidade tem mais de 16 milhões de movimentações com o Pix já registradas.


Em São Vicente, a quantidade de transações foi um pouco acima, superando 18.2 milhões, mas o valor movimentado por elas ficou abaixo de Guarujá: cerca de R$ 5.5 bilhões.


Adesão

O diretor-adjunto de serviços da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Walter Faria, considera que o Pix já é a segunda maior forma de pagamento usada entre os brasileiros, ficando na frente dos documentos de crédito (DOC), boletos de cobrança e cheques.


“O Pix é um meio de pagamento totalmente seguro e rastreável. A pessoa que está fazendo a transferência via Pix tem que checar os dados do recebedor apresentados pelo banco, como nome e conta, antes de efetivar a transação. É uma orientação que não vale só pro Pix. Em ambos os casos, antes da efetivação do pagamento, são apresentados os dados pra quem será direcionado o valor. É importante que a pessoa não vá no automático”.


Para fazer transferências pelo Pix, é necessário acessar o aplicativo do seu banco ou internet banking e acessar o ícone específico dessa forma de pagamento. Em seguida, é preciso cadastrar uma chave de segurança, que pode ser o número do celular, CPF, e-mail ou chaves aleatórias.


Orientações

Em caso de perda ou roubo de celular, Faria explica que o cidadão deve notificar imediatamente o banco para realizar o bloqueio do aplicativo no referido aparelho e da senha de acesso.


Além disso, é necessário “avisar a operadora de telefonia para bloquear sua linha telefônica. E, lógico, como em todo o caso de furto ou roubo, fazer o registro de boletim de ocorrência junto à Polícia Civil”.


A advogada Monica Maia, especialista em segurança da informação e atuante na parte de proteção de dados pessoais, cita que é possível estabelecer um limite máximo de transferência pelo Pix no próprio aplicativo do banco, o que pode minimizar prejuízos em casos de golpes. “Dessa forma, se alguém tentar transferir um valor maior, será automaticamente bloqueado”, explica.


O diretor da Febraban reforça que é importante ter cautela com links enviados por e-mail, WhatsApp e SMS. “Você pode estar indo dentro de um link que não é confiável. Sempre utilize o aplicativo oficial do seu banco. Na hora que você abre o app, você já tem, na página inicial, o ícone do Pix para você clicar e fazer a sua transação”.


Ainda segundo o diretor da Federação Brasileira de Bancos, antes de qualquer transferência de valor, deve-se conferir se o dado apresentado é realmente da pessoa para se deseja fazer a transferência. “É para evitar de, incorretamente, você transferir para uma pessoa que não é destinatária. Sempre tome cuidado pra não utilizar links enviados por e-mail, WhatsApp, porque dessa forma você pode estar indo dentro de um link que não é confiável”.


Aprimoramentos

O Banco Central ressalta que o Pix possui um sistema de segurança baseado na autenticação do usuário, rastreabilidade das transações, tráfego seguro das informações, por meio da Rede do Sistema Financeiro Nacional, e regras de funcionamento.


O órgão regulador afirma que, na maioria dos golpes, os autores se aproveitam de vulnerabilidades do usuário para obter informações pessoais e financeiras. Segundo o BC, os golpistas acabam usando o Pix por conta de sua notoriedade, mas a sistemática dos golpes já é antiga, ocorrendo em outras formas de transferências bancárias.


Desde 4 de outubro do ano passado, o Pix possui um limite máximo de R$ 1 mil para transações no período noturno, que envolvam pessoas físicas.


O BC cita também que a chave Pix é usada para recebimento, e não para iniciar um pagamento ou transferência, não havendo receio algum quanto ao compartilhamento do código.


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