Pix começa a ser testado nesta terça-feira; saiba como vai funcionar
Operação restrita ocorrerá até dia 15. Medida é para que as instituições financeiras possam avaliar os sistemas e reparar eventuais problemas antes do funcionamento, no dia 16
O Pix passa a partir desta terça-feira (3) por uma fase de testes de segurança e funcionalidade. Até próximo dia 15, o novo modelo de transação financeira vai operação de forma restrita a um pequeno grupo de usuários selecionados. A etapa serve para que as instituições testem os seus sistemas e arrumem problemas pontuais que aparecerem durante esse período de avaliação.
Só uma fração de inscritos, escolhidos pelas instituições financeiras, poderão fazer transações por meio do novo sistema de pagamentos durante horários específicos. A expectativa é eliminara eventuais falhas antes do modelo ser liberado, previsto para o dia 16 de novembro.
Com o serviço, o Brasil entra na onda mundial dos pagamentos instantâneos.
Veja como vai funcionar
O que é o Pix?
É um sistema de pagamentos e transferências instantâneos disponível 24 horas por dia e sete dias por semana. Ele é promovido pelo Banco Central e deverá estar disponível para todos os clientes bancários no dia 16 de novembro.
O que é a operação restrita?
É um período entre os dias 3 e 15 de novembro em que uma quantidade limitada de pessoas poderá começar a usar o Pix para transferências e pagamentos. Essa operação servirá para que as instituições financeiras testem seus sistemas e reparem eventuais falhas antes do funcionamento pleno.
O que é uma chave Pix?
A chave é um meio de identificar a conta do usuário. Há quatro tipos: CPF ou CNPJ, e-mail, número de celular e uma chave de segurança aleatória de números e letras. Na hora de fazer transferência, em vez de o usuário ter que informar nome, CPF, número da conta e da agência, como é feito atualmente, basta colocar a chave Pix.
Quem poderá utilizar o Pix?
Qualquer pessoa ou empresa que tenha uma conta corrente, conta de depósito ou conta de pagamento pré-paga. Para transferências entre pessoas físicas e pagamento de pessoas físicas para empresas, o Pix será gratuito. Para MEIs, venda com finalidade comercial poderá ser tarifada.
Como cadastrar as chaves?
O registro será feito pelo site ou aplicativo da instituição na qual o cliente tem conta. É preciso confirmar a posse da chave e vinculá-la à conta do Pix. Por exemplo, no caso do uso do e-mail ou do celular como chave, o usuário receberá um código por SMS ou por e-mail que deverá ser inserido no app para confirmar a identificação.
Como fazer uma transferência?
O Pix vai aparecer no aplicativo do banco ou da fintech, ao lado do TED e do DOC. Ao selecionar a opção, quem estiver usando o serviço poderá digitar uma identificação de quem vai receber o dinheiro, a chave Pix (CPF, e-mail ou telefone celular). Quem for enviar recursos, coloca o montante a ser transferido e aprova a transação. Quem recebe pode gerar um QR code e enviá-lo ao pagador.
Como fazer um pagamento via Pix?
Para fazer compras, o Pix também poderá ser usado via QR Code. O consumidor abre o aplicativo do banco ou da fintech, seleciona a opção Pix e direciona a câmera do celular para o QR Code disponibilizado pelo estabelecimento comercial, que também pode, assim como em transferências, informar sua chave Pix
O Pix é seguro?
As informações pessoais são protegidas pelo sigilo bancário e as medidas de segurança já adotadas pelas instituições financeiras em TEDs e DOCs serão utilizadas no Pix. Em caso de erro em uma transação, valem as regras atuais. Se ocorrer o envio de um valor errado, será necessário negociar com o recebedor para que o montante seja devolvido.
Qual o papel do Banco Central?
O Banco Central vai prover a infraestrutura do Pix, uma base de dados centralizada com os dados das contas dos recebedores. Dessa maneira, os participantes do sistema de pagamento poderão aproveitar a infraestrutura única para acelerar o processo de transferência e pagamento.