Onde investir: Tesouro Prefixado

Se sua intenção é comprar Tesouro IPCA para resgatá-lo só no vencimento, os papéis continuam atraentes

Por: Redação  -  24/04/21  -  20:29
   Há ainda uma corrente contrária ao Tesouro Prefixado
Há ainda uma corrente contrária ao Tesouro Prefixado   Foto: Agência Brasil

Investidores do Tesouro Direto precisam ficar atentos a mudanças sobre os papéis mais recomendados. Como havia uma dúvida profunda no mercado sobre a área fiscal do governo, os analistas sugeriam comprar Tesouro Selic, que paga a própria taxa Selic, em ascensão (subiu de 2% para 2,75% e deve ser novamente elevada) e pode ser resgatada antes do vencimento sem perdas. Outra ala recomendava Tesouro IPCA curto, que são os títulos que vencem antes de 2030.


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Se sua intenção é comprar Tesouro IPCA para resgatá-lo só no vencimento, os papéis continuam atraentes para essa estratégia. Eles são interessantes porque embutem a correção pela inflação, portanto, garantem a correção monetária do seu capital, e pagam também taxa de juros. Ela está acima de 4% (IPCA mais esses 4%) ao ano para 2035, 2040 e 2055 e 3,93% para 2030. O inconveniente é que o comprador vai ficar exposto às políticas do governo por muito tempo, mas por outro lado o Tesouro é o investimento mais seguro. Se o governo ficar sem dinheiro, basta subir os juros e atrair mais compradores.


Há ainda uma corrente contrária ao Tesouro Prefixado. Isso porque os juros estão em tendência de alta. Quando isso ocorre, o inverso se dá tanto nos papéis públicos como nos privados – os atuais títulos se desvalorizam. Nesse caso, quem vende antes do vencimento acaba sofrendo prejuízo e talvez recebendo menos do que pagou.


Mas o especialista de renda fixa da casa de análise Spiti, Guilherme Cadonhotto, recomenda o Tesouro Prefixado 2024, que para ele está com uma remuneração razoável e, por ser curto, não deve ser atropelado pela alta dos juros, pois esta não será como em tempos passados, sem superar os dois dígitos. Observe o gráfico da coluna com a rentabilidade para quem resgata o papel. As taxas estão em recuperação mais forte desde 24 de março. Porém, convém não abusar. Dilua seus investimentos em outras classes de títulos (Selic, IPCA e Prefixado) e também os privados (do CDB aos fundos).


Criptos em baixa

Com estragos nos aportes recentes de quem tinha entrado para a festa só nos últimos tempos, a queda nesta semana das criptos, principalmente o bitcoin, trouxe pânico a muita gente. Apesar do medo do estouro de bolha, os analistas dizem que se trata de correção, quando há queda para arrumar altas exageradas. O problema é que ninguém sabe quanto tempo esse freio de arrumação vai demorar. Por isso, sempre invista diversificado, sem esquecer da renda fixa.


Usiminas a 365%

A Usiminas acumula em um ano a impressionante alta de 365%, desempenho relacionado à retomada na China. Aliás, esse efeito também é sentido pelas outras companhias do setor, a Gerdau e a CSN, além da fornecedora da matéria-prima, a Vale. Segundo a XP, a valorização da Usiminas está relacionada à melhora do mercado doméstico e ao aumento do preço do minério de ferro. Compare os indicadores das companhias desse setor antes de optar por uma delas.


Varejo na bolsa

Um dos efeitos das crises é que as companhias enfraquecidas tendem a ser engolidas. Esta é uma das explicações para a onda de notícias sobre aquisições no varejo, como Arezzo interessada, mas recusada pela Hering e a Renner de olho na Dafiti. Negócios com marcas fortes e com presença nacional, mas baratos pela expectativa de queda das vendas acabam sujeitos ao assédio. Se gosta de ações do varejo, cuidado agora com as surpresas e mais ainda com boatos suspeitíssimos.


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