Onde investir: Renda nada fixa

Com uma expectativa de taxa Selic de 12% ao ano em 2022, há uma fuga para a renda fixa

Por: Marcelo Santos  -  04/12/21  -  06:47
  Foto: Joshua Mayo/Unsplash

Com uma expectativa de taxa Selic de 12% ao ano em 2022, há uma fuga para a renda fixa, inclusive por investidores da bolsa. Mas ao fazer esse movimento, é preciso estar preparado para mais mudanças pela frente. Neste momento, a taxa Selic está em 7,75% e deve ir para 9,25% na próxima semana, frente a uma inflação de 10%. Porém, a volatilidade dos juros continuará, com possibilidade de surpreender alguns e frustrar outros na rentabilidade. Para reduzir as dúvidas, convém prestar atenção nas análises dos gestores dos fundos, como a Kinea e Persevera.


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A Kinea lembra que daqui alguns meses, a inflação deverá começar a cair, mas a Selic não, até porque o Banco Central precisa antes se certificar de que sua política monetária para domar a alta dos preços começou a dar certo. Hoje, apesar da inflação superar os juros básicos (10% contra CDI de 7,65% - o CDI é a referência da renda fixa), o Tesouro Direto paga pelo menos 11%, os CDBs dos grandes bancos até 12% e os bancos pequenos, 14% ou 15%. Quando o BC mudar sua política – passar a reduzir a Selic, como diz a Kinea – por alguns meses poderá haver uma boa diferença favorável dos juros sobre a inflação.


Já a Persevera, famosa por análises bem fundamentadas, lembra que parte da inflação é causada por fatores externos, como valorização das commodities (petróleo, alimentos, carnes e minérios). Se esses itens subirem, a política do BC vai perder parte do efeito, pois pouco internamente pode ser realizado em relação aos impactos internacionais. Se isso ocorrer não será nada bom para o País – com juros elevados por mais tempo, a economia não crescerá.


Para faturar nestes meses, o investidor precisa saber o momento de agir. Quem tem dificuldade para entender os mercados, ao invés de se concentrar em CDBs, LCIs e LCAs indicadas pelo gerente ou assessor da corretora, talvez seja melhor apelar para os fundos, que dominam a marcação a mercado, o momento em que a compra ou venda antecipada de títulos públicos e privados confere muitos lucros.


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