Onde investir: Nem ouro, nem prata

O ouro não tem grande utilidade na indústria, mas a prata serve para produzir moedas ou joias, e abastece a eletrônica

Por: Marcelo Santos  -  02/10/21  -  09:24
  Foto: Pixabay

O mercado de metais não é nada popular, mas é fato que a pandemia, uma era de incertezas, agitou esse segmento. O carro-chefe é o ouro, preferido como reserva de valor. Como sua produção é finita e uma hora as reservas serão exauridas, forçando uma valorização, os temerosos de uma suposta ruína das moedas dos bancos centrais compraram ouro em barra, em contratos na bolsa ou via fundos.


Clique e Assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe acesso completo ao Portal e dezenas de descontos em lojas, restaurantes e serviços!


Ao contrário do metal dourado, que não tem grande utilidade na indústria, a prata serve para produzir moedas ou joias e abastece a eletrônica. Muitos investidores viram a prata também como reserva de valor, mas foi seu uso industrial que, segundo analistas, puxou seu valor, lembrando que computadores e celulares foram companhia constante na pandemia.


No fim do ano passado, quando as vacinas já eram uma realidade, a sensação do fim dos mundos passou um pouco e o ouro não reinou sozinho. Em 2020, na ICE (bolsa de commodities) enquanto o metal dourado subiu 21%, uma bela valorização, a prata avançou mais ainda: 43% .


Entretanto, agora em 2021, ano de Olimpíadas, não foi nem ouro nem prata que brilharam no mercado financeiro. Desde janeiro, o cobre já subiu 18% na Comex (outra bolsa de metais), enquanto o ouro caiu 9% e a prata perdeu 18%. Segundo sites especializados, o motivo da subida do cobre é a alta demanda da indústria de veículos elétricos na China (veja como o Brasil está atrasado). Além disso, o cobre tem uso bem mais comum, desde estátuas a fios e, segundo o site da Coppermetal, combina com o estanho e está presente na criação do bronze (olha as Olimpíadas).


Para o pequeno investidor os metais (nas bolsas, há muitas outras opções) não são atraentes pela baixa liquidez ou pelo aporte maior de recursos. Como é possível investir via fundos ou possuir ações de suas mineradoras ou de empresas que utilizam esses insumos, vale a pena conhecer um pouco a dinâmica desse filão – lembrando que os metais aqui citados não são recomendação de investimento.


Logo A Tribuna