Imóveis: Pesquise taxas ao financiar a decoração de sua casa
Juros variam de 7,6% a 14,4% ao ano, e as condições são diferentes
Assim como na maior parte dos preços da habitação, os da decoração também sofrem o impacto da inflação. Entretanto, linhas de crédito podem ser uma alternativa para finalizar a casa própria dos sonhos sem grandes apertos. Por conta dessa procura, os bancos oferecem planos específicos.
Segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o custo dos equipamentos do domicílio usados na decoração variou 0,46% em setembro, na comparação com agosto.
“A retomada da economia e alta dos custos dos materiais estão freando as reformas, mas elas ainda acontecem até o fim do ano, com bom número, porém, depois acredito que o movimento deva retornar ao período pré-pandêmico”, diz o diretor regional do Sindicato da Habitação (Secovi), Carlos Meschini.
Entre as linhas que podem financiar a decoração, o Banco do Brasil tem garantia de imóvel, com taxas a partir de 0,78% ao mês (9,36% ao ano), pagamento em até 238 meses (sendo 89 de carência para a primeira parcela) e valor a partir de R$ 35 mil.
O Santander aponta crédito pessoal com garantia do imóvel, com taxa de 0,95% ao mês. A linha permite usar imóvel quitado - próprio ou de terceiros - a partir de R$ 30 mil e até 60% do valor dele, com prazo de até 20 anos na tomada do crédito.
Além disso, o banco destaca a parceria com mais de 15 mil lojas por meio do Santander Financiamentos, que inclui materiais de construção e móveis planejados, com produtos de decoração, com parcelamento em 24 vezes e o consórcio, que também permite este tipo de uso do dinheiro.
Já a Caixa diz que possui linhas específicas para quem quer reformar, com consulta pelo simuladorwww.caixa.gov.br/voce/habitacao/. Para tomar crédito de R$ 50 mil, a simulação indica linha da Taxa Referencial (TR) mais 7,6% ao ano, cujas prestações iniciam em R$ 1.592,58 e decaem até perto de R$ 1.200. O prazo, neste caso, é de 240 meses.
A segunda opção é a taxa corrigida pela inflação mais 4%, cuja prestação começa em R$ 1.286,71 e o prazo para pagamento também é de 240 meses.
Para a simulação, a Reportagem informou o perfil de pessoa física de 30 anos, renda bruta mensal de R$ 4 mil e mais de três anos de trabalho em regime CLT, com imóvel de R$ 400 mil.
O Itaú diz que não tem linha específica para reforma, mas destacou garantia de imóvel e o consórcio de imóveis. No entanto, o banco não citou suas taxas.
O Bradesco afirma que não tem linha específica de reforma e decoração, no entanto, o oferece garantia de imóvel, com taxas a partir de 1,20% ao mês (14,4% ao ano), prazo de até 180 meses e valor correspondente a 60% da avaliação do imóvel sem ônus.
