Crédito imobiliário deve superar 1 milhão de moradias no Brasil
Com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, houve alta de 17%, para R$ 27,1 bilhões
Apesar do crédito imobiliário ter registrado um de seus melhores primeiros semestres e estar próximo de superar 1 milhão de unidades financiadas no País neste ano, os dados do setor registraram um recuo no período de janeiro a junho últimos.
O financiamento imobiliário caiu 6% em um ano, para R$ 112,8 bilhões no primeiro semestre, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). A queda foi puxada pelo financiamento via poupança, que caiu 11,7%. Com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), houve alta de 17%, para R$ 27,1 bilhões.
“Estamos tendo o segundo melhor primeiro semestre da história do setor”, afirma o presidente da Abecip, José Ramos Rocha Neto. A quantidade de unidades financiadas caiu 13%, para 542 mil. Rocha Neto ressalta, entretanto, que o financiamento pode voltar a ultrapassar 1 milhão de unidades neste ano. A Abecip projeta que 2022 será o segundo melhor ano da história do setor – 2021 foi o melhor, até aqui.
Houve uma queda de 18% no financiamento à aquisição de imóveis, para R$ 65,5 bilhões. A Abecip destaca, porém, que a aquisição de imóveis novos subiu 5%, para R$ 26 bilhões. “A maior aquisição de imóvel novo é importante, retroalimenta as construtoras”, diz Rocha Neto.
Projeções
A Abecip estima que o financiamento imobiliário cairá 4% neste ano, para R$ 244 bilhões. “Não conseguiremos chegar ao volume de 2021, mas o ano de 2022 será robusto”, comenta Rocha Neto. O executivo diz ainda que o setor tem se beneficiado de segurança jurídica mais consolidada em âmbitos como o dos distratos (desistência de contrato de compra). “Não podemos fazer com que decisões jurídicas fragilizem segurança jurídica”.
