Consumidor da classe A na Baixada Santista encolhe na pandemia, diz pesquisa

Segundo os dados, apesar da alta no consumo, a população da região ficou mais pobre

Por: Júnior Batista  -  27/06/21  -  18:45
  A Classe A encolheu, enquanto que as B, C e D/E aumentaram
A Classe A encolheu, enquanto que as B, C e D/E aumentaram   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

Apesar da alta no consumo na Baixada Santista, a população ficou mais pobre. Os dados são da pesquisa IPC Maps 2021, publicada anualmente pela IPC Marketing Editora. Segundo o estudo, a Classe A encolheu, enquanto que as B, C e D/E aumentaram - esta última viu o número de domicílios crescer 0,37% neste ano sobre 2020.


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A classe C foi a principal distribuidora dessas mudanças. Houve aumento de 0,5%. A classe B teve aumento de 1,71%.


Segundo o pesquisador Marcos Pazzini, a classe A perdeu 4,8% do poder de compra. Houve uma melhora nas condições da classe B, que conseguiu ascender para a A, no entanto, ela trouxe consigo uma renda menor do que a média. “A classe B tinha acesso a bens de consumo e foi uma das mais beneficiadas pelo home office. Ela conseguiu ficar em casa e economizou”, diz.


Segundo a pesquisa, a classe A reduziu gastos na comparação com 2020. O único item que teve crescimento foram as viagens, de 0,6%.


O economista Fernando Wagner Chagas diz que, nas crises os mais ricos tendem a gastar menos e investir mais. “Impedida de realizar altos gastos rotineiramente durante o período de isolamento social, (a classe alta) preferiu aumentar a aplicação de seus recursos nos mercados financeiro e de capitais”.


Na base da pirâmide, os pobres acabaram sustentando o consumo com itens básicos. Segundo Pazzini, R$ 17 bilhões do potencial de consumo são itens básicos, como aluguel, água, esgoto e conta de luz. “São essencialmente despesas do dia a dia”, completa.


Lembrando o auxílio emergencial que foi pago aos desempregados no ano passado, Chagas reforça o incremento dessas faixas no bolo dos gastos da Baixada. “As classes média e de baixa renda fizeram uma economia forçada, notadamente no lazer, passando a utilizar os recursos em produtos básicos para serem consumidos em casa, especialmente em alimentação”, conclui Chagas.


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