Consórcio pode ser alternativa para adquirir a casa própria; confira dicas

Antes de optar por crédito ou consórcio, vários aspectos devem ser analisados para uma melhor escolha

Por: Júnior Batista  -  20/11/21  -  18:40
Consumidor deve ficar atento à taxa de administração do plano
Consumidor deve ficar atento à taxa de administração do plano   Foto: AdobeStock

Visto com olhar crítico, os consórcios podem ser considerados para quem quer comprar a casa própria de acordo com a necessidade e o perfil do consumidor, segundo especialistas ouvidos por A Tribuna.


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De acordo com a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), de janeiro a setembro, o número de adesões superou o mesmo período de 2020 e registrou alta de 18,3%, com 2,59 milhões de consorciados.


A modalidade tem parcelas mensais pagas por todos os participantes, com entrega antecipada do valor do consórcio a um deles, por exemplo, por mês, mediante sorteio pela loteria federal ou por lance (leia mais a a seguir).


O mercado movimentou R$ 163,85 bilhões de janeiro a setembro deste ano, segundo a Abac, contabilizando um crescimento de 43,3% sobre fechamento do ano anterior, quando somou R$ 114,31 bilhões.


Para o presidente-executivo da entidade, Paulo Roberto Rossi, a pandemia trouxe novos clientes porque atraiu aqueles que queriam trocar de imóvel, pensando no futuro.


“É uma carta de crédito, mas com o vislumbre de um produto, por isso diferencia-se de outros tipos de investimentos. A poupança você não sabe direito para que vai usar. São recursos direcionados, como se fosse um carimbo, por isso atraem”, diz ele.


A associação está lançando cartilhas aos mais jovens para atrair esse público. Entre as vantagens, Rossi cita a facilidade por não ter uma entrada, como é o caso dos financiamentos, e a baixa taxa de administração.


Numa simulação feita a pedido da Reportagem, considerando o valor de R$ 400 mil e 180 meses para pagar, com taxa mensal de 0,111%, há parcela mensal de R$ 2.666,67. A Abac lembra que haverá aplicação de índice indicado no contrato para atualizar tanto o crédito quanto à parcela para manter o poder de compra do consumidor.


De acordo com dados levantados por A Tribuna no Banco Central, as taxas de administração, cobradas sobre o valor da carta de crédito, podem variar de 9,9% a 19,1% para todo o período contratado consultado, que foi de 200 meses. Essa média de variação foi obtida com base nos dados de setembro, considerando os cinco maiores bancos privados do País, além do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob).


A taxa mais alta é a do Itaú, cuja média é de 21,12% para 200 meses. Ele é seguido pela Caixa, com 19,10%. Depois, vem o Santander, com 18,59%; Bradesco com 18,03% e Banco do Brasil com 17,73%. O Sicoob tem a menor, com 9,9%.


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