Comprador atual busca imóvel como opção de investimento, diz pesquisa

Metade desses investidores pretende aumentar renda com locação

Por: Brenda Bento  -  02/10/21  -  11:53
 Dentre os entrevistados, 27% preferem imóveis novos na planta
Dentre os entrevistados, 27% preferem imóveis novos na planta   Foto: Matheus Tagé/AT

Uma pesquisa realizada pela consultoria Brain em 162 cidades do País, incluindo os municípios da Baixada Santista, aponta que 15% dos entrevistados com intenção de compra de imóvel se dizem motivados pela oportunidade de investimento. Segundo o levantamento, desses 15%, 50% têm o objetivo de gerar renda com a locação. Outros 42% miram garantir uma reserva de valor patrimonial e 8% querem gerar valorização imobiliária para revenda futura.


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Dentre os entrevistados, 27% preferem imóveis novos na planta, 21% querem imóveis usados, 9% priorizam imóveis prontos novos e 43% se mostraram indiferentes.


Em relação ao motivo do investimento em imóvel, 71% deles afirmaram que é devido à rentabilidade, 53% por causa da segurança, 22% pela facilidade de administração, 17% pela liquidez e 14% afirmaram já ter experiência no setor. Nesta parte da pesquisa, era possível escolher mais de uma opção, por isso a soma supera 100%.


O diretor regional do Secovi (Sindicato da Habitação), Carlos Meschini, considera positivo adquirir um imóvel para investir, desde que o comprador consiga compreender as tendências do mercado. “O mercado está favorável para bons negócios e ele vai ficar muito mais competitivo no ano que vem, com o mundo voltando cada vez mais ao normal. O setor imobiliário hoje é uma grande vantagem, só que tem que pesquisar bastante e procurar com calma”.


Meschini compara o setor imobiliário com o ramo das ações em bolsas de valores. “O mercado imobiliário vira cada vez mais um mercado acionário. Por que a comparação com ações? Porque é a coisa certa, na hora certa e com o produto certo”.


Segundo ele, o investidor precisa ficar atento a alguns fatores, principalmente se for adquirir um imóvel usado, como conferir a documentação, ver se o apartamento não possui avarias que exijam reformas de grande porte e o valor cobrado mensalmente no condomínio.


Na planta
O imóvel na planta pode ser uma boa opção, de acordo com Meschini. “Você tem um gasto real interessante, que varia conforme o empreendimento, o investimento e a época, mas se você pegar um período bom chega a ter de 30% a 40% de rentabilidade”.


Só que adquirir na planta também requer atenção para evitar prejuízos financeiros. “Os riscos foram diminuindo ao longo do tempo, tanto com a vantagem jurídica quanto com a vantagem do mercado de capitais. É como você investir em um papel. Se você compra um empreendimento na planta, ele te dá uma rentabilidade maior, mas o risco também é maior”.


Menor risco
O presidente da Associação dos Empresários da Construção Civil da Baixada Santista (Assecob), Ricardo Beschizza, diz que o investimento no setor imobiliário é algo que sempre existiu e as pessoas gostam, pois oferece menos risco. “Sempre teve, em qualquer tipo de momento do mercado imobiliário, o bom ou o ruim. As pessoas compram para investimento, visando o aluguel. É cultural isso”.


Para o diretor regional do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon), Lucas Teixeira, quem pensa em comprar “hoje” para vender “amanhã” está em busca de um ganho para, em seguida, fazer igual com outro imóvel.


“Quem aluga sabe que não vai ter um retorno imediato, mas se trata de algo duradouro. Essa é a diferença. Vou ganhar menos hoje, mas vou ganhar todo mês. A outra não, vou ganhar bastante agora para poder investir e fazer outro negócio. Tem essas duas diferenças de público e pensamentos, mas os dois valem a pena”, completa.


Teixeira diz que esse é o momento para quem quer comprar um imóvel. “Seja para investir ou para morar, o momento de comprar é agora porque os preços vão começar a subir, talvez entre 20% e 30%, e quando ele for vender pode aproveitar esse valor e repassar”.


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