Com fábrica na Baixada Santista, Unipar Carbocloro tem aumento de 338% em ações na bolsa

Diretor diz que crise sanitária estimulou o consumo de cloro, o que ajudou na valorização

Por: Matheus Müller  -  03/06/21  -  10:48
  Cloro (tratamento de água) e PVC (produtos hospitalares e construção civil) alavancaram a alta nas ações
Cloro (tratamento de água) e PVC (produtos hospitalares e construção civil) alavancaram a alta nas ações   Foto: Reprodução

A Unipar Carbocloro, empresa de capital aberto e com indústria em Cubatão, viu sua ação UNIP6 na bolsa subir 338% em um ano, passando de R$ 23,52 para R$ 106,76. A empresa produz cloro, soda e PVC – este último com grande destaque e responsabilidade para a alta.


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O diretor financeiro da Unipar, Christian Schnitzlein, aponta que o resultado é reflexo da alta demanda, diminuição na oferta dos produtos e investimentos feitos pela empresa para se tornar mais eficiente e reduzir custos. A empresa tem duas fábricas no Brasil (Santo André e Cubatão) e uma na Argentina. Na região, são 400 empregados.


De acordo com ele, a soda está em baixa, mas o cloro e o PVC tiveram maior procura. O primeiro por conta da pandemia para o tratamento de água e questões sanitárias, enquanto o segundo é usado pela construção civil, para brinquedos e produtos hospitalares.


Schnitzlein explica que para atender a demanda por cloro e soda (produzidos na mesma proporção para ter balanceamento da planta), a Unipar manteve a produção de PVC.


Naquela ocasião, segundo ele, a procura por PVC estagnou, pois muitos clientes colocaram os funcionários de férias e as indústrias pararam de funcionar. “Em abril melhorou um pouco e maio começou a voltar mais forte”.


Ele conta que a demanda global pelo produto começou a crescer e essa procura, aliada à queda de oferta dos EUA, que tiveram um inverno rigoroso e motivou a parada de algumas plantas de produção, aumentou ainda mais a corrida pelo PVC. “Hoje estamos vivendo esse ciclo de alta ainda”.


Futuro das ações


O analista da Constância Investimentos, Gustavo Akamine, concorda com as razões apresentadas pelo diretor financeiro da Unipar para a alta das ações da empresa na bolsa e entende que em um curto prazo (entre três e seis meses) esse cenário deve permanecer como está, com os papéis da empresa em valorização.


Entretanto, a médio e longo prazo, Akamine acredita em uma queda das ações por conta da reestruturação do mercado e equilíbrio entre a oferta e demanda. Ele prevê que, no futuro, as ações voltem a valores próximos de antes da pandemia, entre R$ 30 e R$ 40.


Segundo o analista, entretanto, a Unipar apresenta bons números há pelo menos três anos e, ainda que tenha conseguido surfar nesse momento de oferta baixa e alta demanda, a “empresa tem uma série de méritos financeiros e está indo muito bem”.


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