Bolsas de NY fecham em baixa, com cautela por inflação e observando reações do Fed

Papéis voltaram a recuar, enquanto investidores seguem avaliando as potenciais reações do Federal Reserve

Por: Estadão Conteúdo  -  17/11/21  -  19:44
No fechamento, o Dow Jones recuou 0,58%
No fechamento, o Dow Jones recuou 0,58%   Foto: Joshua Mayo/Unsplash

As bolsas de Nova York fecharam em baixa nesta quarta-feira (17), em sessão na qual os temores com o impacto da inflação seguiram pesando no mercado. Depois de uma leve alta nesta tarça (16), apoiados pela publicação de indicadores nos Estados Unidos acima do esperado por analistas, os papéis voltaram a recuar, enquanto investidores seguem avaliando as potenciais reações do Federal Reserve (Fed) para lidar com o quadro inflacionário.


No fechamento, o Dow Jones recuou 0,58%, a 35.931,05 pontos, o S&P 500 caiu 0,26%, a 4.688,67 pontos, e o Nasdaq teve baixa de 0,33%, a 15.921,57 pontos.


"Os mercados permanecerão focados em precificar o Fed, já que os investidores continuam a adiantar previsões de elevação da taxa de juros para julho de 2022", diz o TD Securities. As potenciais reações foram monitoradas hoje, mas as aparições públicas dos dirigentes da autoridade monetária hoje não ofereceram grandes sinalizações, segundo Edward Moya, analista da Oanda.


Para o analista, "os ganhos recentes do varejo não conseguiram colocar as ações dos EUA de volta em um modo recorde, já que as pressões de custo permanecem elevadas no futuro previsível". Segundo Moya, o S&P 500 parece que vai ficar "preso em uma faixa até que os investidores se sintam confiantes de que o Fed não cometeu um erro de política e não será forçado a aumentar as taxas mais cedo".


Um dos destaques hoje foi a publicação de resultados da varejista Target, que recuou 4,73%. Segundo Moya, Walmart e a Target tiveram bom desempenho desde março, mas a pressão nas margens de lucro só vai piorar nos próximos meses e "isso tem feito com que alguns investidores abandonem o varejo, apesar do que se espera que seja uma temporada de férias muito forte". Outra queda de destaque foi da Visa, que caiu 4,70% em meio a uma disputa da empresa com a Amazon em virtude de sistemas de pagamentos.


Já a montadora de elétricos Rivian despencou 15,08%, em uma correção após o IPO de sucesso da empresa na última semana, o maior em Nova York desde 2014. Por sua vez, a ação mais líquida da locadora Hertz caiu 0,35%, em dia marcado por seu anúncio da oferta de US$ 1,5 bilhões em títulos, em uma tentativa da empresa de levantar recursos para recomprar suas ações preferenciais.


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