Aquecedor solar ajuda a economizar conta de luz em até 40%
Sistema abastece chuveiro, cozinha e lavanderia; entenda
Com o peso das bandeiras tarifárias da conta de luz, consumidores passaram a procurar alternativas para escapar da alta da energia elétrica – esse item foi o que mais puxou a inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 0,96% no mês passado. Uma das formas de economizar é usar um aquecedor de água solar. Além de abastecer o chuveiro, esse sistema alimenta banheiros, cozinha e lavanderia.
Cidades que possuem muitos prédios, como Santos, Guarujá, São Vicente e Praia Grande, por exemplo, também podem ter coletores, bastando uma adaptação da rede de água, segundo o vice-presidente de Assuntos Institucionais da Associação Brasileira de Energia Solar Térmica (Abrasol), Luiz Antônio dos Santos Pinto. “Essa tecnologia está totalmente dominada, tanto que diversos edifícios residenciais da Capital já possuem o aquecimento solar que atende os apartamentos”.
De acordo a Abrasol, o uso do equipamento pode ajudar a economizar na conta de luz em até 40%. Ele afirma que é instalado um boiler, que funciona como uma garrafa térmica, armazenando a água aquecida. Esse reservatório mantém a temperatura por até cinco dias. Como a temperatura de saída é muito alta, em torno de 70°C, há a necessidade de ter um misturador – duas ligações de água, uma quente e outra fria, para o consumidor regular a temperatura.
“Caso não haja essas duas saídas no prédio, é possível utilizar um furo para o misturador, no prédio. Em muitos casos é uma operação simples, que exige cano de 15 milímetros”, diz (veja infográfico).
Segundo ele, os coletores solares que alimentam o aquecedor de água são totalmente desconectados da rede elétrica, não gerando custos adicionais de medição. Em casos excepcionais, pode-se usar até mesmo alguns tipos de resistências adaptáveis, que têm gasto menor do que das comuns nos chuveiros.
Energia solar
A Câmara aprovou na quarta-feira o projeto que estanca o crescimento de subsídios para consumidores que produzem a própria energia, a chamada geração distribuída – o texto seguiu para o Senado. A proposta mantém a isenção de encargos para quem já possui painéis solares até 2045.
Para os novos, a cobrança das taxas será gradativa, a partir de 2023, e até 2029 todos os encargos deverão ser integralmente pagos. Nesse período, os consumidores cativos (atendidos pelas distribuidoras) vão bancar o custo por meio das contas de luz.
Os grandes consumidores, que compram energia no mercado livre, não terão de participar desse rateio.
