Varíola dos macacos: é preciso ficar alerta a sinais na área genital, dizem autoridades

Há dois casos suspeitos no Brasil; bolhas na área genital ou perianal podem ser confundidas com DST

Por: ATribuna.com.br  -  31/05/22  -  17:33
A varíola dos macacos pode apresentar lesões cutâneas na região genital, conforme novos alertas emitidos pela OMS
A varíola dos macacos pode apresentar lesões cutâneas na região genital, conforme novos alertas emitidos pela OMS   Foto: AtlasComposer/Envato

Nesta segunda-feira (30), o Ministério da Saúde informou que investiga dois casos suspeitos de varíola dos macacos no Brasil. O comunicado acabou deixando muitas pessoas em alerta, mesmo que ainda nenhum diagnóstico tenha sido confirmado no país até o momento. Além dos sintomas comuns - que incluem febre, dor de cabeça, dor intensa no corpo, desânimo e fraqueza -, as autoridades de saúde pedem atenção a erupções na pele, semelhantes a bolhas, na área genital.


Clique, assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe centenas de benefícios!


Devido à semelhança, as bolhas na área genital ou perianal levaram aos médicos diagnosticarem, erroneamente, a doença como uma infecção sexualmente transmissível. Além disso, o vírus parece estar se espalhando da mesma maneira que as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs): por meio de contato próximo e íntimo. Diagnósticos errados podem permitir que a varíola dos macacos, também conhecida como monkeypox, se espalhe sem ser detectada e impedir que os infectados recebam o tratamento adequado.


O Ministério da Saúde aponta que a transmissão entre humanos ocorre por meio do contato com secreções respiratórias, lesões de pele ou objetos contaminados. Além disso, há a possibilidade de infecção por fluidos corporais (saliva, sangue e pus). Ainda não há comprovações científicas que a varíola dos macacos pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais.


Qualquer um pode ser infectado?

Qualquer um pode pegar varíola dos macacos, mas, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, a sigla em inglês) dos EUA, a maioria dos casos associados ao surto ocorreu em homens que fazem sexo com homens.


“A varíola não é uma infecção sexualmente transmissível no sentido típico, mas pode ser transmitida durante o contato sexual e íntimo”, disse Laura Bachmann, chefe da Divisão de Prevenção de DST do CDC.


Embora a maioria dos casos tenha aparecido em homens que fazem sexo com homens, as autoridades de saúde alertaram que esta não é uma doença isolada a uma única parcela da sociedade.


Christina Hutson, também do CDC, disse que “alguns grupos podem ter uma chance maior de exposição agora, mas de forma alguma o risco atual de exposição à varíola dos macacos é exclusivo da comunidade gay e bissexual”.


Tratamento

Ainda não existe um tratamento específico para a doença, mas remédio para dores, para febre, além de uma boa hidratação podem ajudar.


A forma de se prevenir da doença é muito semelhante a todas doenças de transmissão por gotículas. Por isso a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirma que é fundamental o uso de máscaras, higienização das mãos e manter o distanciamento social.


*Com informações de Valor Econômico

Logo A Tribuna