Uso de máscaras deve se tornar opcional no Estado de São Paulo

Medida deve ser oficializada pelo governador João Doria (PSDB), em coletiva de imprensa, nesta quarta-feira (9)

Por: Redação  -  09/03/22  -  06:54
Atualizado em 09/03/22 - 16:18
Falta definir os ambientes onde haverá liberação. O anúncio representará relaxamento em medidas de contenção da pandemia de covid-19
Falta definir os ambientes onde haverá liberação. O anúncio representará relaxamento em medidas de contenção da pandemia de covid-19   Foto: Acervo/AT

O Governo Estadual deve retirar, nesta quarta-feira (9), a obrigatoriedade do uso de máscaras ao ar livre no território paulista. A tendência é de que seja oficializada pelo governador João Doria (PSDB), em coletiva de imprensa. O anúncio representará um relaxamento em medidas de contenção da pandemia de covid-19 no Estado.


Clique, assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe centenas de benefícios!


Falta, porém, definir em quais ambientes a liberação ocorrerá. Uma possibilidade é que seja permitida a circulação sem máscara em áreas abertas de parques e shoppings e em calçadas. Em locais fechados, o uso obrigatório de proteção facial seria mantido.


Uma dúvida de integrantes do Comitê Científico estadual de contenção da covid-19 se refere à possível desobrigação das máscaras em escolas. Doria seria favorável à liberação em áreas abertas de colégios. Porém, integrantes do comitê demonstrariam receio quanto aos horários de recreio e às aulas de Educação Física, quando alunos respiram de maneira ofegante.


Outra preocupação é que menos de 20% das crianças paulistas com 5 a 11 anos receberam a segunda dose de vacina contra o coronavírus e, portanto, estão com o esquema vacinal incompleto contra a doença. Ontem, no Estado, completaram-se 70% com a primeira dose.


Vacinas
O secretário-executivo de Saúde do Estado, Eduardo Ribeiro Adriano, afirmou ontem que a pasta vai se aprofundar, nas próximas semanas, nas discussões sobre a aplicação da quarta dose de vacina contra a covid-19 aos idosos.


Atualmente, o acesso a esse reforço só é permitido para pessoas imunossuprimidas a partir de 12 anos, como pacientes em tratamento de hemodiálise, quimioterapia, aids e transplantados.


“Provavelmente, vamos adotar uma estratégia por faixa etária a se definir, assim como o intervalo entre as doses”, destacou Adriano, ontem à tarde, em reunião na Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa.


No mês passado, o coordenador-executivo do Centro de Contingência do Coronavírus do Estado, João Gabbardo, disse à TV CNN que a quarta dose para maiores 60 anos começaria a ser aplicada em 4 de abril, mas a secretaria explicou, depois, que essa decisão ainda não estava definida.


Conforme o secretário-executivo, a definição ocorrerá no Comitê Científico, que é o órgão consultivo vinculado ao gabinete do secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn.


Há estudos internacionais que apontam os benefícios do reforço, principalmente, para idosos.


Na avaliação de Adriano, antes de se discutir esse reforço na proteção contra o novo coronavírus para idosos, são necessárias ações para convencer os cerca de 2,8 milhões de paulistas que ainda não tomaram a segunda dose. “Temos mais de 8 milhões de pessoas que tomaram a segunda dose, mas ainda não receberam a terceira.”


Tudo sobre:
Logo A Tribuna