Médicos de Santos pedem para que cuidados com a pandemia não deixem de existir após flexibilizações
Centenas foram multados no último final de semana pelo não uso de máscaras
Mesmo com a flexibilização que retira o limite de horário e de capacidade do comércio na Baixada Santista, ainda é preciso manter os cuidados sanitários para evitar uma nova onda de casos da covid-19 na região, segundo médicos infectologistas.
No último final de semana, que foi o primeiro da nova fase de flexibilização, 451 pessoas foram abordadas por conta do não uso da máscara de proteção, ainda obrigatória no estado de São Paulo. Uma dessas pessoas foi multada em R$ 300.
O médico infectologista Ricardo Hayden afirma que é preciso entender a diferença entre liberdade e libertinagem. "Todo mundo gosta de se sentir em liberdade, mas experiências de jogar a máscara para o alto, como tem acontecido nos Estados Unidos, não têm dado certo, isso traz consequências sérias".
Hayden ressalta também que as flexibilizações são boas e importantes, mas que as pessoas precisam ter corresponsabilidade. "Os governantes relaxam as restrições imaginando que todos nós vamos cumprir as medidas. A flexibilização é muito bem vinda, desde que as pessoas cumpram as regras do jogo fielmente. Depois não adianta reclamar do prefeito, governador, secretário de saúde".
Assim como ele, a médica Elisabeth Dotti também citou as flexibilizações americanas, lembrando que o país possui mais da metade da população imunizada. "Aqui no Brasil temos mais ou menos 25% da população totalmente imunizada e uma variante Delta circulando. Ninguém me avisou que a pandemia acabou, ela avança fortemente para todos os lados".
A variante Delta, segundo o infectologista, é aproximadamente 97% mais difusível entre as pessoas. Ele ressalta que, dessa forma, é impossível o vírus não circular, por isso a importância de manter os cuidados como uso de máscaras, álcool em gel e evitar aglomerações.
