'Dose de reforço será necessária para todas as vacinas', afirma Dimas Covas

Diretor do Instituto Butantan explicou que o prazo de 28 dias para aplicação da 2ª dose da Coronavac é o "ideal"

Por: Estadão Conteúdo  -  27/05/21  -  16:59
"Sobre terceira dose: tenho chamado de dose de reforço. Isso será necessário para todas as vacinas", disse Covas   Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado

Em depoimento à CPI da Covid, o diretor do Butantan, Dimas Covas, afirmou nesta quinta-feira (27), que enxerga a necessidade de uma dose de reforço para todas as vacinas contra a covid-19, principalmente em razão das variantes da doença que circulam atualmente. "Sobre terceira dose: tenho chamado de dose de reforço. Isso será necessário para todas as vacinas, não só em relação a duração da imunidade, mas também em relação as variantes, que colocam dificuldade maior para as vacinas", disse em resposta a senadora Simone Tebet (MDB-MS), que o questionou sobre os números de eficiência das duas doses de Coronavac.


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"Uma dose adicional já com as variantes já está sendo pesquisada inclusive pelo Butantan, que já incorpora variante P1 nos estudos, inclusive com a Butanvac", relatou o diretor do instituto.


Covas ainda explicou que o prazo de 28 dias para que o cidadão receba a segunda dose da Coronavac é o "ideal" para completar o esquema vacinal. Ele explicou, no entanto, que se a segunda dose for tomada posteriormente, não há prejuízo, só uma demora a mais para a pessoa ser completamente protegida.


Bate-boca


Durante sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito, o senador Marco Rogério (DEM-RO) iniciou um bate-boca com o presidente da Comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM). A discussão começou após Rogério questionar Dimas Covas se "grosserias" e a "agressividade" do governador João Doria (PSDB) não poderiam ter atrapalhado as tratativas com a China para aquisição de vacinas


Rogério se referia ao áudio vazado de uma reunião do governo paulista sobre a importação de vacinas, em novembro do ano passado. Na reunião, Doria, insatisfeito com a demora para importação do insumo, afirmou que a história estava "virando uma novela" e que iria "pegar esse chinês pelo pescoço".


Aziz interrompeu o senador durante seus questionamentos. Para o presidente da comissão, a conversa mostrava a indignação do governador paulista na tentativa de adquirir vacinas, "diferente de outros que não querem", uma referência ao presidente Jair Bolsonaro.


Rogério não gostou da interrupção e pediu para que o presidente contivesse sua "sanha" e que tivesse compostura como presidente da comissão. Aziz pediu respeito ao senador e parabenizou o governador paulista.


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