Dia do Médico: geriatra de Santos se diz realizada e cita 'amor sem fim' pela profissão

Natalia Oliveira Trajano da Silva, de 31 anos, decidiu que a Medicina seria o seu caminho no 3º ano do Ensino Médio

Por: Maurício Martins  -  18/10/21  -  10:57
 Após seis anos de formação, Natalia Trajano passou pelo maior desafio da carreira: a pandemia de covid-19
Após seis anos de formação, Natalia Trajano passou pelo maior desafio da carreira: a pandemia de covid-19   Foto: Divulgação

Foi numa visita ao laboratório de anatomia da Faculdade de Ciências Médicas de Santos (FCMS), no terceiro ano do Ensino Médio, que Natalia Oliveira Trajano da Silva decidiu que a Medicina seria o seu caminho. “Foi um amor sem fim, especial. Sai de lá com a certeza de que eu queria ser médica”, diz.


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Natalia se formou em 2015, na própria FCMS. “A paixão pela profissão foi aumentando ao longo dos anos na faculdade. No final, foi uma mistura de emoções e um dos momentos mais felizes da minha vida por finalizar esse ciclo”.


Especialidade
Ainda na faculdade, ela decidiu que seria geriatra e foi se especializar no Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Hoje, aos 31 anos, se sente realizada pelo caminho que resolveu trilhar.


“A Geriatria não é simplesmente a clínica do idoso. É uma especialidade muito rica e difícil, que trabalha não só no tratamento de doenças relacionadas ao envelhecimento, mas também na promoção de saúde, com a qualidade de vida no envelhecimento. A conduta é individualizada. Isso é muito bacana, gostoso, cada paciente é visto de um modo diferente. Me sinto muito feliz de trabalhar com essa especialidade”.


Dias difíceis
A pandemia foi o maior desafio da carreira de Natalia, o momento mais triste e que a marcou para sempre. Trabalhando em hospital, ela conta que precisou escolher qual paciente iria para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), já que não havia vagas para todas as pessoas em estado grave.


“Fazer essa escolha foi muito difícil, aconteceu algumas vezes”, se emociona a médica. “Teve um plantão específico, no pico da pandemia, que os nervos estavam à flor da pele. A enfermeira do setor estava bem nervosa e por um momento nos abraçamos no corredor e começamos a chorar. Muito difícil, porque até o abraço paramentado não poderia ser o mais verdadeiro, não dava para sentir a pessoa. Parece que até isso foi tirado da gente”, diz ela, que pegou covid-19, mas não teve complicações.


Dedicação
“Para mim, ser médica não é sacerdócio ou heroísmo, é dedicação. É nunca parar de estudar para se manter atualizada. É abrir mão de momentos pessoais para focar na profissão. Não é fácil, mas é extremamente gratificante”.


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