Com mais de 5,6 mil casos de covid, escolas estaduais podem ter capacidade permitida alterada

A Secretaria Estadual de Educação aponta que, de 3 de janeiro ao dia 1º deste mês, o Estado registrou 5.651 casos de covid-19 na comunidade escolar. São mais de 330 por semana epidemiológica (foram 17 até o último sábado). Os casos são classificados como uma probabilidade, pois a secretaria decidiu alterar a forma de divulgação de registros da doença nas escolas.

Clique e Assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe acesso completo ao Portal e dezenas de descontos em lojas, restaurantes e serviços!

A partir de agora, a pasta trabalha com casos prováveis — aqueles com informação de teste positivo para coronavírus que precisam, no entanto, do reconhecimento da Secretaria de Saúde paulista para serem classificados como confirmados. A mudança foi uma orientação da Comissão Médica da Educação (CME), que alega inconsistência em registros anteriores.

Para o coordenador da CME, o médico Wanderson de Oliveira, a confirmação de um caso deve seguir critérios técnicos da Saúde e, por isso, não pode ser feita pelos funcionários da Educação, sob o risco de erros como a interpretação equivocada do período de infecção por meio de um teste, por exemplo.

Outros 8.010 casos estão sendo investigados, e 39 óbitos passam por análise na tentativa de se verificar se eles têm relação com as atividades presenciais nas escolas durante o período de transmissão. Não foram informados, porém, dados de casos confirmados.

Segundo Oliveira, a incidência de covid-19 entre professores do Estado é de 1.229 para cada 100 mil habitantes. Entre a população geral do Estado, o índice é de 3.132 casos por 100 mil habitantes.

Divulgação

Esta é a segunda vez que a Secretaria de Educação de São Paulo divulga números sobre infecção por covid-19 nas escolas. A última vez foi há três meses, quando o Governo Estadual informou ter registrado 119 casos de covid-19 em colégios de São Paulo.

Os dados se referiam à semana epidemiológica de 7 a 13 de fevereiro, contemplando a volta presencial das aulas em muitas unidades no dia 8 daquele mês.

Ontem, o secretário de Educação, Rossieli Soares, declarou que a secretaria está trabalhando em uma plataforma onde será possível consultar esses dados de maneira mais ágil.

A maior quantidade de casos foi registrada nas regiões de Grande São Paulo, Guarulhos e Campinas – que, no levantamento do Estado, englobam mais de uma diretoria de ensino. A Baixada Santista não aparecia, ontem, entre as 20 diretorias com mais casos divulgados.

Mudança

O secretário de Educação afirmou que não estão previstas mudanças nas regras das atividades presenciais para as próximas duas semanas.

Soares, porém, revela que estuda a possibilidade de alterar o cálculo da capacidade presencial em cada fase. Hoje, ele é feito com base nas matrículas das escolas. Porém, isso poderá ser mudado, levando em consideração o espaço físico da unidade.