Assistentes virtuais são apenas o começo da 4ª revolução industrial, diz cientista
Segundo Rafael Simionato, casa e eletrodomésticos ficarão “inteligentes” e o conforto atingirá níveis imagináveis
A Internet das Coisas (IoC), fundamental para a conectividade das casas, segundo o cientista de dados do Instituto de Ciência e Tecnologia Sidi, Rafael Simionato, é parte da quarta onda tecnológica industrial. Com a IoC, no âmbito domésticos os eletrodomésticos ficam “inteligentes” e o conforto do morador atingirá níveis imagináveis.
Segundo ele, a IoC é uma rede que conecta todos os dispositivos físicos ou lógicos (softwares que se conectam a sensores). Os dispositivos físicos podem ser os sensores, também chamados de atuadores, que captam medidas e movimentos num ambiente.
“Os programas, hoje, são operados em nuvem, ou seja, o programa não está mais instalado num computador, ele está num espaço na internet. Assim, qualquer pessoa pode acessar, tendo internet”, diz.
A IoC permitiu, por exemplo, que os sensores de fumaça, hoje capazes de medir a qualidade do ar, mostrem riscos à saúde. Persianas inteligentes já se adaptam à luz do dia. Mais recentemente, as assistentes virtuais, como a Alexa, da Amazon, e o Google Assistente, operam diversas atividades por meio de controle de voz em casas conectadas. Os comandos ligam e desligam luzes, televisores, computadores, rádios e streaming.
“Com a chegada do 5G, a expectativa é que essa integração aconteça cada vez mais, porque a internet de quinta geração é mais rápida e estável. A informação será transmitida de forma mais ágil”, diz.
O tráfego de informação é um diferencial. Simionato dá exemplos, como a entrega de um objeto. No Brasil, já há transportadora que avisa em tempo quase real ao destinatário que a compra está prestes a ocorrer. “Pode parecer simples de fora, mas pense no tráfego da informação: a aplicação reconhece a entrega a ponto de saber quantas outras encomendas faltam para a sua, no trajeto que a correspondência percorre”.
Em testes de IoC, geladeiras ficam dispostas com uma central multimídia, uma espécie de tablet na porta que serve como uma central da casa, controlando outros eletrodomésticos e eletrônicos.
Futuro
O cientista de dados explica que, a cada dia, há muitos novos dispositivos sendo criados e empresas que administram as nuvens disputam esse espaço no mercado, o que está facilitando a evolução.
“O mercado vai crescer um absurdo. Se pensarmos que qualquer coisa eletrônica pode ser conectada à internet, é quase impossível prever o limite de uso”.
